Rim policístico: o que é a condição genética de Chrystian
Chrystian morreu aos 67 anos. O cantor deveria passar por transplante no fim deste ano devido a um quadro de rim policístico
atualizado
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O cantor Chrystian, que fazia dupla com o irmão Ralf, morreu, na noite dessa quarta-feira (19/6), aos 67 anos. Embora a causa da morte do artista não tenha sido divulgada, era sabido que Chrystian tinha rim policístico, uma condição genética que comprometeu o desempenho do órgão.
O artista foi levado às pressas por um helicóptero da Polícia Militar a um hospital de São Paulo após passar mal em casa, mas não resistiu.
Chrystian deveria passar por um transplante de rim em 11 de março deste ano, com o órgão que seria doado pela esposa dele, Key Vieira. No entanto, a cirurgia foi reagendada para o fim de 2024 devido a problemas de saúde. Ele precisou colocar dois stents no coração, como informou à época.
O que é rim policístico
A síndrome renal policística, ou rins policísticos, é uma condição genética que leva à formação de cistos nos rins. O distúrbio causa inchaços e dilatações que se assemelham a várias bolhas juntas, segundo explicam médicos da rede D’Or no portal do hospital.
A condição é causada por alterações genéticas que levam o rim a produzir o tecido errado, resultando em cistos. Os cistos costumam ser preenchidos por líquidos e podem crescer consideravelmente, causando a desfiguração do órgão, mas não são cancerígenos.
Os rins policísticos podem acometer todo o órgão ou somente uma porção de um dos rins. O paciente deve ter acompanhamento médico, uma vez que pode sofrer uma série de problemas nos rins, inclusive a insuficiência renal.
Sintomas do rim policístico
No estágio inicial, a doença costuma ser assintomática, podendo ser silenciosa por décadas. À medida que avança, ela compromete o funcionamento dos rins, e o paciente pode ter:
- Náusea;
- Dor de cabeça;
- Dor na parte inferior das costas;
- Inchaço no abdômen;
- Pressão alta;
- Sangue na urina;
- Urina com “espuminha” no vaso, devido à presença de proteínas;
- Pedras nos rins e na bexiga.
Diagnóstico
Por ser uma doença que não causa sintomas de imediato, muitos pacientes acabam sendo diagnosticados quando os rins estão muito comprometidos.
O diagnóstico, feito por um médico nefrologista ou urologista, é feito por meio de exames, como o ultrassom renal, a ressonância magnética, o exame de urina e a tomografia computadorizada.
Tratamento
Ainda não existem medicações específicas para rim policístico. O tratamento é voltado para o controle dos sintomas causados pela condição.
Alguns pacientes com os rins mais comprometidos podem precisar fazer hemodiálise para fazer a filtragem do sangue.
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