Estudo aponta nutrientes-chave para preservar a saúde do cérebro. Veja
Cientistas americanos descobriram quais são os nutrientes essenciais para desacelerar o envelhecimento cerebral e evitar a demência
atualizado
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O ditado diz que somos o que comemos, mas a ciência vem encontrando cada vez mais evidências de que nosso cérebro também funciona com base na alimentação. A saúde do órgão e o combate à demência estão cada vez mais vinculados ao que escolhemos colocar em nosso prato e ao que deixamos de fora.
Por isso, nutricionistas e neurologistas das universidades de Illinois e Nebraska, nos Estados Unidos, decidiram buscar quais são os nutrientes que desaceleram o envelhecimento do cérebro. Os resultados do estudo foram publicados na revista Nature no dia 21 de maio.
A pesquisa envolveu 100 participantes cognitivamente saudáveis com idades entre 65 e 75 anos. Todos preencheram um questionário com informações demográficas, medidas de composição corporal e aptidão física.
O sangue dos voluntários foi coletado após um período de jejum para analisar a presença de 13 biomarcadores nutricionais presentes no organismo de forma duradoura. Os participantes também foram submetidos a avaliações cognitivas e exames de ressonância magnética, tudo em um mesmo dia.
Qual a dieta mais indicada para o cérebro?
A conclusão das observações é que podemos generalizar os padrões de envelhecimento cerebral em dois fenótipos, um acelerado e outro devagar. Ao encontrar as pessoas com sinais de envelhecimento lento do cérebro, os pesquisadores analisaram caso a caso para entender o que há de comum nos biomarcadores deles.
O sangue dos participantes com envelhecimento lento era cheio de ácidos graxos, antioxidantes, vitamina E, carotenoides e colina. Alguns dos alimentos mais ricos nestes nutrientes são, respectivamente, peixes, frutas, castanhas, cenoura e ovos.
Este perfil benéfico está relacionado aos nutrientes encontrados na dieta mediterrânea, que já foi vinculada ao envelhecimento saudável do cérebro em pesquisas anteriores.
“Ao avaliar o sangue dos voluntários, percebemos evidências do extenso conjunto de pesquisas que demonstram os efeitos positivos da dieta mediterrânea para a saúde, que enfatiza alimentos ricos nesses nutrientes benéficos”, explica o neurocientista Aron Barbey, um dos principais autores do estudo, ao site da Universidade de Nebraska.
Para o pesquisador, confirmar no sangue de voluntários o que anteriormente só tinha sido indicado em pesquisas com questionários consolida a ideia de que a dieta mediterrânea e alimentos mais naturais são riquíssimos para a saúde cerebral.
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