Nutricionista explica como mudar alimentação para evitar a candidíase
Hábitos alimentares saudáveis contribuem para o tratamento e prevenção da candidíase genital, doença causada pelo fungo Candida albican
atualizado
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Muitas mulheres sofrem com um problema comum que atrapalha a qualidade de vida: a candidíase genital, causada pelo fungo Candida albican.
Ao contrário do que se imagina, a candidíase não é uma doença sexualmente transmissível. O problema é causado por um desequilíbrio na microbiota vaginal que, normalmente, está relacionado a uma baixa no sistema imunológico.
Entre os sintomas da candidíase vaginal estão corrimento de cor branca, tipo leite coalhado; coceira intensa e sensação de ardência na região íntima; dor durante o contato íntimo e inchaço e vermelhidão da região íntima.
A alimentação tem grande importância no quadro, uma vez que os fungos necessitam de acidez para que se reproduzam. A nutricionista Luna Azevedo explica que alguns ajustes na dieta conseguem diminuir os episódios de candidíase. Alimentos que podem deixar o organismo mais ácido, como proteínas animais, gorduras e carboidratos simples, devem ser evitados por pessoas que apresentam o quadro de maneira recorrente.
“Tendo em vista que todos nós temos o fungo Candida albicans naturalmente presente na região genital e na pele, o seu crescimento aumentado em desequilíbrio resulta na candidíase, gerando prejuízos para nossa saúde. Hábitos alimentares saudáveis contribuem para o tratamento e prevenção da doença”, afirma Luna.
Se os episódios em que os sintomas aparecem forem frequentes, a nutricionista recomenda uma consulta médica para que outras possíveis causas associadas ao problema sejam investigadas.
Veja o que fazer para evitar e combater a candidíase via alimentação
1. Incluir óleo de coco na dieta
As plantas têm suas próprias defesas contra leveduras e outros fungos, e algumas produzem compostos que são tóxicos para os fungos. Um bom exemplo é o ácido láurico e o caprílico, que possuem função antifúngica.
O óleo de coco tem quase 50% de ácido láurico. Isso o torna uma das fontes dietéticas mais ricas desse composto, que raramente ocorre em grandes quantidades nos alimentos.
2. Consumir probióticos
Probióticos são bactérias vivas frequentemente encontradas em alimentos fermentados, como iogurte com culturas ativas e em suplementos. Os probióticos possuem o papel de manter e microbiota equilibrada, deixam menos substrato para o desenvolvimento de fungos e inibem a adesão do fungo na parede vaginal.
Porém, o tratamento com probióticos depende do grau de desequilíbrio das bactérias intestinais, da gravidade da candidíase e da existência de outras doenças no quadro da paciente. Por isso, é importante que o consumo dessas bactérias seja sempre orientado por médico ou nutricionista.
3. Reduzir o açúcar
Os fungos crescem mais rápido quando o açúcar está disponível em seu ambiente. Altos níveis de açúcar na corrente sanguínea aumentam o risco de candidíase, uma vez que, o principal substrato para a proliferação deles é a glicose. Por isso, é recomendado diminuir o consumo de doces e de carboidratos de alto índice glicêmico, como pão e macarrão.
4- Diminuir o consumo de leite
A lactose, presente no açúcar do leite, é um tipo de carboidrato altamente fermentável e seu consumo favorece a proliferação de fungos e bactérias lácteas. As pessoas que sofrem de cistite (infecção urinária) também devem diminuir o consumo de leite.
5. Usar alho nas refeições
O alho possui fortes propriedades antifúngicas graças à alicina, substância que se forma quando este tempero é esmagado. O consumo regular de alho contribui para a inibição do crescimento fúngico, além de aumentar o aporte de selênio ao corpo.
O alimento pode ser consumido na forma crua, de preferência amassado na comida ou na forma de extrato fresco, seco ou envelhecido. Lembre-se que usar alho cru em áreas sensíveis ou íntimas é prejudicial à saúde e pode causar queimaduras graves.