Nutricionista ensina 3 dicas para começar a gostar de salada em 2024
Uma das resoluções mais tradicionais de Ano-Novo é comer melhor. Especialista ensina como fazer as pazes com a salada e incluí-la na dieta
atualizado
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Uma das resoluções de Ano-Novo mais tradicionais é começar uma vida mais saudável, se alimentando melhor. A via mais fácil para cumprir o objetivo é colocando saladas na rotina — porém, é preciso criar o hábito, e as opções nem sempre são tão gostosas como uma pizza, por exemplo.
A professora de nutrição Emma Beckett, da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, explica que, com a evolução, passamos a gostar mais de alimentos doces ou com gorduras, que são fonte de energia — para nossos antecipados, era muito mais importante evitar morrer de fome agora do que cuidar da saúde a longo prazo.
Hoje, não temos mais esse problema, mas o gosto ficou. Em contrapartida, vegetais cheios de fibras, vitaminas e minerais podem ser amargos. “Os bioativos são parte da razão pela qual os vegetais são amargos. Eles são produzidos pelas plantas para se proteger do estresse ambiental e de predadores”, ensina a professora, em artigo publicado na plataforma de divulgação científica The Conversation.
Emma lembra que é preciso ser paciente com o processo, mas é possível passar a amar saladas cheias de nutrientes. Confira as três principais dicas da nutricionista:
Mascare os ingredientes
Emma sugere temperar os vegetais com sal e molho para salada, treinando o paladar para aceitar aos poucos as opções mais amargas. “Precisamos reduzir a ingestão de sal e gorduras, mas, nutricionalmente, é melhor evitar de alimentos como bolos, biscoitos, chips e sobremesas”, afirma.
Colocar pimenta e frutas também pode balancear os sabores e tornar a salada mais interessante. Experimentar com texturas, cortando os vegetais em tamanhos diferentes faz parte do caminho para encontrar o ideal pra cada um.
“As opções para salada são quase infinitas, se você não gosta do clássico, tudo bem, continue experimentando”, diz a professora.
Desafie o preconceito
Emma conta que existe um fenômeno chamado “intuição do paladar não-saudável”, onde assumimos que comidas gostosas não são boas para a saúde, enquanto tudo o que for benéfico vai ter um gosto ruim.
A ideia é provar opções novas, dando uma chance para vegetais que você nunca provou.
Tenha paciência
A nutricionista explica que demora para treinar as papilas gustativas, e o processo só funciona com repetição. “Conforme mudamos o que comemos, as enzimas e outras proteínas da saliva também se transformam. Isso muda como as diferentes compostos são processados pelas nossas papilas”, explica Emma.
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