Número 2 da Saúde sobre Coronavac: “Não posso comprar o que não existe”
Questionado sobre tratativas para adquirir vacina chinesa em teste no Brasil, representante da pasta afirmou que não há preferência
atualizado
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O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, afirmou, nesta sexta-feira (9/10), que as negociações para adquirir a Coronavac estão no mesmo estágio que o de outras 8 candidatas à vacina, cujo desenvolvimento é monitorado pelo governo federal.
Na prática, o número 2 da Saúde descartou que a vacina chinesa – que é a aposta do governador de São Paulo, João Doria (PSDB) – tenha alguma preferência em relação às tratativas que serão feitas com outros laboratórios para garantir a vacinação da população brasileira contra a Covid-19.
“Não posso comprar o que não existe”, afirmou Franco, lembrando que o acordo fechado com a AstraZeneca – que desenvolve a vacina de Oxford – é de encomenda tecnológica e, no caso do Covax Facility, consórcio capitaneado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil fez uma adesão à iniciativa internacional.
A Coronavac está sendo testada no Brasil em 13 mil voluntários – entre eles, 850 do DF – e o governo paulista já negociou com a Sinovac, farmacêutica responsável pelo desenvolvimento da fórmula, a transferência de tecnologia para que a imunização seja fabricada pelo Instituto Butantan.
O executivo paulista pleiteia investimentos de R$ 2,5 bilhões para a Coronavac – mesmo montante que foi separado pelo governo federal para a vacina de Oxford.