Novos casos de câncer devem chegar a 19,3 milhões em 2020, diz levantamento
Estudo da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer feito em 185 países estima 10 milhões de óbitos até o fim do ano
atualizado
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Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (17/12), feita pela Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (Iarc na sigla em inglês), mostrou um panorama da doença em todo o mundo. Segundo o levantamento, 2020 chegará ao fim com 19,3 milhões de novos casos registrados e 10 milhões de óbitos. A agência intergovernamental faz parte da Organização Mundial de Saúde das Nações Unidas (OMS).
A entidade calcula que, até o momento, 685 mil pessoas já morreram de câncer em 2020. O estudo analisou informações sobre a incidência e mortalidade em 185 países para 36 tipos de linfomas. De acordo com a OMS, uma em cada cinco pessoas desenvolve a doença em algum momento da vida. Os homens são os que mais morrem: um em cada oito pacientes não resiste às complicações da doença. Entre as mulheres, essa taxa é de uma em cada 11.
A entidade internacional listou, ainda, os 10 tipos de cânceres mais comuns, ou seja, que concentram mais de 60% dos novos diagnósticos e mais de 70% dos óbitos pela doença. O de mama foi o mais comum, responsável por 11,7% dos casos em todo o mundo. O de pulmão ficou em segundo lugar, com 11,4% dos casos, seguido do câncer de colorretal (10%), de próstata (7,3%) e de estômago (5,6%).
Com relação ao cânceres de mama e pulmão, a agência estima que o número total de sobreviventes nos primeiros cinco anos após receberem o diagnóstico seja de 50,6 milhões.
O câncer de pulmão foi o responsável por 18% dos óbitos ao redor do mundo, seguido pelo câncer colorretal (9,4%), de fígado (8,3%), estômago (7,7%) e de mama em mulheres (6,9%).
Entre os homens, o tipo de câncer que mais matou foi o de pulmão. O câncer de próstata e o colorretal foram o segundo e terceiro tipos mais mortais para eles, respectivamente. Nas mulheres, o câncer de mama foi o tipo mais fatal e ultrapassou o de pulmão como o mais comum em todo o mundo: dos 2,3 milhões de novos casos, um em cada oito será de mama. Uma em cada seis mulheres acometidas não resiste à doença.
Para o ano que vem, a Iarc deve lançar, em parceria com a OMS, uma iniciativa global contra linfomas mamários, destacando diagnóstico precoce e tratamentos abrangentes para melhorar as perspectivas de sobrevivência.
Para 2040, a agência projeta que o número de novos casos chegue a 28,4 milhões, o que significaria um aumento de 47% em comparação com os números atuais. Países com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baixo ou médio devem ser mais atingidos, com alta de 95% de incidência. Atualmente, essa taxa é de 64%. A maioria dos casos de câncer são causados por uso de tabaco, dietas prejudiciais à saúde, excesso de peso e falta de atividade física, segundo a entidade.