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“Revolucionário”: estudo aponta novo tratamento para crises de asma

Anticorpo monoclonal pode se tornar o primeiro tratamento lançado em 50 anos para crises de asma e DPOC

atualizado

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Foto de uma mulher usando um inalador para asma dentro de casa - Metrópoles
1 de 1 Foto de uma mulher usando um inalador para asma dentro de casa - Metrópoles - Foto: Getty Images

Pesquisadores do King’s College London, da Inglaterra, acreditam ter encontrado um tratamento “revolucionário” para crises de asma. Uma injeção de anticorpos, administrada durante crises graves de asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), mostrou-se mais eficaz do que o tratamento atual, realizado com esteroides.

A injeção de benralizumabe reduziu em 30% a necessidade de tratamento adicional, além de diminuir as chances de internação após a crise, segundo foi demonstrado em um estudo clínico. Os resultados foram publicados na revista The Lancet Respiratory Medicine, nessa quarta-feira (27/11).

Este pode se tornar o primeiro tratamento para crises de asma e DPOC lançado em 50 anos. Quando a crise respiratória é muito intensa e não é feito o tratamento correto, ela pode levar ao óbito.

O benralizumabe é um anticorpo monoclonal certificado como seguro e eficaz. Atualmente, ele é administrado em uma dose baixa como tratamento contínuo para asma grave. O novo estudo mostra que doses únicas maiores durante as crises são um tratamento eficaz para reduzir a necessidade de hospitalizações.

“O tratamento para exacerbações de asma e DPOC não mudou em 50 anos, apesar de causar 3,8 milhões de mortes por ano no mundo todo. Isso pode mudar o jogo para pessoas com asma e DPOC”, afirmou a professora e principal autora do estudo, Mona Bafadhel, em comunicado à imprensa.

Novo tratamento para crises de asma

O tratamento padrão para crise de asma é feito com esteroides como a prednisolona, que reduzem a inflamação no pulmão. Contudo, eles têm efeitos colaterais graves, como diabetes e osteoporose. Além disso, é comum que os pacientes “falhem” no tratamento e precisem repetir a medicação, o que aumenta o risco de morte.

O estudo do King’s College London foi feito com 158 pacientes com alto risco de ataque de asma ou DPOC. Eles foram separados em três grupos e receberam ou injeção de benralizumabe e comprimidos de placebo ou tratamento padrão (prednisolona 30 mg diariamente por cinco dias) e injeção de placebo ou tratamento padrão e injeção de benralizumabe.

Após 28 dias, os sintomas respiratórios como tosse, chiado, falta de ar e escarro melhoraram com benralizumabe. Após 90 dias, a taxa de falha no tratamento com esteroides foi de 74% e com a nova terapia caiu para 45%. Pacientes tratados com a abordagem tiveram menor probabilidade de serem internados, de precisarem de uma nova rodada de tratamento ou de evoluírem para a morte.

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