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Novo teste pode levar ao diagnóstico de Parkinson em três minutos

Análise do sebo da pele pode identificar a presença da doença e facilitar o diagnóstico precoce da condição degenerativa

atualizado

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​Na Inglaterra, pesquisadores desenvolveram um teste que pode ajudar a diagnosticar a doença de Parkinson em apenas três minutos. A condição neurodegenerativa é conhecida por causar tremores característicos e por afetar a capacidade do indivíduo de controlar os movimentos do próprio corpo.

O diagnóstico e a progressão do Parkinson variam de acordo com o paciente, mas como toda doença crônica, a identificação precoce tem um papel relevante no tratamento e ajuda a retardar a evolução dos sintomas.

O teste proposto pelos cientistas da Universidade de Manchester consiste em esfregar parte da pele em um cotonete para obter uma amostra do tecido. A análise observa mudanças no sebo da pele, que é uma secreção natural previamente relacionada ao Parkinson.

“Esse teste tem o potencial de melhorar de maneira significativa o diagnóstico e o gerenciamento de pessoas com Parkinson”, informa o professor de neurologia Monty Silverdale, da Universidade de Manchester, Reino Unido, em nota.

O exame é um desdobramento de uma pesquisa prévia realizada com a escocesa Joy Milne, que detectou a doença no marido apenas ao identificar um cheiro diferente nele. Alterações na composição do sebo são consideradas biomarcadores para o Parkinson desde 2019.

“Agora temos um teste baseado nesses biomarcadores. As amostras são enviadas a um laboratório, onde são analisadas detalhadamente para entender a composição molecular”, afirmou o neurologista.

Para o estudo que propôs o novo exame, foram coletadas amostras de 79 pessoas com Parkinson e de 71 sem a condição. De acordo com o químico Depanjan Sarkar, foram identificados mais de 4 mil compostos nas amostras, sendo que 500 deles diferenciavam pessoas com a doença daquelas que não a tinham.

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Esse processo degenerativo das células nervosas pode afetar diferentes partes do cérebro e, como consequência, gerar sintomas como tremores involuntários, perda da coordenação motora e rigidez muscular
Outros sintomas da doença são lentidão, contração muscular, movimentos involuntários e instabilidade da postura
Em casos avançados, a doença também impede a produção de acetilcolina, neurotransmissor que regula a memória, aprendizado e o sono
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de a doença ser conhecida por acometer pessoas idosas, cerca de 10% a 15% dos pacientes diagnosticados têm menos de 50 anos
Não se sabe ao certo o que causa o Parkinson, mas, quando ocorre em jovens, é comum que tenha relação genética. Neste caso, os sintomas progridem mais lentamente, e há uma maior preservação cognitiva e de expectativa de vida
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Parkinson é uma doença neurológica caracterizada pela degeneração progressiva dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina

KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images
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Esse processo degenerativo das células nervosas pode afetar diferentes partes do cérebro e, como consequência, gerar sintomas como tremores involuntários, perda da coordenação motora e rigidez muscular

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Outros sintomas da doença são lentidão, contração muscular, movimentos involuntários e instabilidade da postura

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Em casos avançados, a doença também impede a produção de acetilcolina, neurotransmissor que regula a memória, aprendizado e o sono

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de a doença ser conhecida por acometer pessoas idosas, cerca de 10% a 15% dos pacientes diagnosticados têm menos de 50 anos

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Não se sabe ao certo o que causa o Parkinson, mas, quando ocorre em jovens, é comum que tenha relação genética. Neste caso, os sintomas progridem mais lentamente, e há uma maior preservação cognitiva e de expectativa de vida

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O diagnóstico é médico e exige uma série de exames, tais como: tomografia cerebral e ressonância magnética. Para pacientes sem sintomas, recomenda-se a realização de tomografia computadorizada para verificar a quantidade de dopamina no cérebro

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O Parkinson não tem cura, mas o tratamento pode diminuir a progressão dos sintomas e ajudar na qualidade de vida. Além de remédio, é necessário o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Em alguns casos, há possibilidade de cirurgia no cérebro

Andriy Onufriyenko/ Getty Images

No momento, não existem testes conclusivos para o Parkinson. De forma geral, os especialistas analisam os sintomas, o histórico médico, realizam exames de imagem do cérebro e observam outros fatores relacionados à condição antes de fazerem o diagnóstico.

O teste proposto pelos pesquisadores e publicado no Journal of American Society em setembro pode significar um progresso na identificação da doença, além de não ser invasivo e poder ser analisado em poucos minutos.

Os especialistas estão otimistas com os resultados e esperam que a pesquisa seja expandida para entender que outras doenças também podem ser analisadas a partir da análise do sebo.

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