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Novo subtipo da Ômicron não é grave, mas é 1,5 vezes mais contagioso

O ministro da Saúde dinamarquês, Magnus Heunicke, afirmou que não há evidências que a subvariante da Ômicron cause mais internações

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1 de 1 coronavírus ilustração - Foto: Getty Images

De acordo com o governo da Dinamarca, o subtipo BA.2 da variante Ômicron é 1,5 vezes mais transmissível que a forma original da cepa. Entretanto, em comunicado nacional divulgado na última quarta-feira (26/1), o ministro da Saúde dinamarquês, Magnus Heunicke, afirmou que não há evidências que a subvariante seja mais grave e cause mais internações por Covid-19.

Segundo avaliação do Statens Serum Institut (SSI), organização que avalia os casos de coronavírus na Dinamarca, o subtipo BA.2 desenvolveu-se muito rapidamente no país e tornou-se dominante já na segunda semana de janeiro. A condição ainda parecer ser específica da região já que, de acordo com o instituto, a BA.1 ainda é a subvariante mais comum em todo mundo, representando 98% dos casos.

Claro que acompanhamos o desenvolvimento de perto, e se o BA.2 for mais contagioso, pode significar que a onda de infecções será maior e se estenderá ainda mais em fevereiro em comparação com as projeções anteriores”, diz a diretora Tyra Grove Krause, em nota do SSI.

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento

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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido

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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas

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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo

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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus

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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível

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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano

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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta

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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante

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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa

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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente

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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde

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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas

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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados

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A subvariante BA.2 deixou o fim da pandemia mais incerto no país. Em dezembro, a SSI esperava que o surto de Covid-19 chegasse ao pico no final de janeiro e início de fevereiro, com até 55 mil novos casos por dia. Entretanto, agora os especialistas acreditam que pode demorar um pouco mais.

O instituto está analisando dados de novas admissões relacionadas ao coronavírus, que ocorreram de novembro a 10 de janeiro deste ano. Para o SSI, embora as taxas de infecção estejam muito altas, as internações não aumentaram no mesmo grau e parecem estar caindo entre as pessoas infectadas com Covid-19.

“Ao mesmo tempo em que as taxas de infecção estão aumentando, estamos vendo um crescimento relativamente menor na quantidade de internações relacionadas à Covid-19 e um número decrescente de internações em unidades de terapia intensiva. Além disso, uma proporção crescente é admitida por outros motivos que não a Covid-19”, comenta a diretora.

Taxas de reinfecção

Em publicação divulgada nesta quinta-feira (27/1), o Statens Serum Institut (SSI) comentou que o subtipo BA.2 possui mutações perceptíveis quando comparado com a primeira versão da variante Ômicron. Essas diferenças estão relacionadas à proteína spike, responsável por ligar o coronavírus nas células humanas.

Segundo a organização, essas mutações podem alterar características virais como capacidade de infecção, severidade e evasão de imunidade. Por isso, análises mais detalhadas da infecciosidade do subtipo e seu potencial para escapar dos anticorpos após vacinação e infecção anteriores estão em curso.

“A consideração de que alguém possa ser infectado com BA.1 (subtipo original da Ômicron), e subsequentemente com BA.2, ainda é de natureza teórica e pouco clara nesta fase, mas o SSI está acompanhando essa possibilidade na Dinamarca e a nível internacional”, afirma o documento.

Um novo padrão da pandemia

A epidemia de Covid-19 ainda está evoluindo em quase todo o mundo. A situação não é diferente na Dinamarca, que registrou taxas recordes de infecção nos últimos dias e teve uma média de 46 mil novos casos por dia na última semana.

De acordo com a avaliação de risco do SSI, a alta proporção de vacinados e a variante Ômicron mostram que a epidemia mudou seu padrão no país, e as taxas de infecção e as taxas de hospitalização não são alteradas na mesma proporção.

“É a variante Ômicron que está impulsionando a epidemia agora. Estimamos que mais de 99% de todos os casos de Covid-19 sejam devidos a ela, e os dados mostram que essa cepa se espalha mais rapidamente, mas apresenta um risco menor de surtos graves de doenças em comparação à Delta”, afirma Krause.

Para a diretora, existe uma diferença marcante nas internações entre vacinados e não vacinados, sendo que as pessoas imunizadas estão mais protegidas mesmo com a nova cepa.

“No geral, devemos dizer que a epidemia ainda está crescendo e que ainda existe o risco de que as taxas de infecção aumentem ainda mais nas próximas semanas. Portanto, existe também o risco de o número de internações aumentar. Por outro lado, esperamos que as internações sejam mais brandas do que antes devido à vacinação e à variante Ômicron”, ressalta.

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