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Novo remédio para psoríase estará disponível para venda em setembro

A doença acomete mais de 125 milhões de pessoas no mundo. Os sintomas costumam piorar no inverno

atualizado

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1 de 1 PSORIASE1 - Foto: petekarici, Getty Images

A psoríase é uma doença complexa que pode acometer pele, couro cabeludo, unhas e articulações. Dados da Organização Mundial de Saúde estimam que mais de 125 milhões de pessoas sofrem com a enfermidade no mundo, sendo que 25 milhões têm a forma grave da doença, que causa incapacidades físicas.

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou novo medicamento para comercialização no Brasil. A droga é injetável e deve ser reaplicada a cada três meses. Um dos benefícios é que o paciente pode usá-la em casa. Após precificação, o medicamento deve chegar ao mercado em setembro deste ano.

Os estudos clínicos que embasaram a decisão da Anvisa testaram o medicamento com mais de três mil voluntários e mais de 80% do total apresentaram melhorias nas lesões na pele. Desses 80%, 60% tiveram uma recuperação completa ao longo de 52 semanas.

Segundo o o dermatologista Wesley Ferreira, da clínica Singular em Brasília, o remédio segue a mesma lógica dos medicamentos usados para conter tumores. “Ele cria cópias de anticorpos, que atacam em pontos específicos da cascata da inflamação”, explica.

Os sintomas da psoríase variam de acordo com o tipo, mas, de forma geral, a doença pode ser caracterizada por placas vermelhas na pele que descamam e vão se aprofundando, deixando a pele mais grossa. Há, inclusive, coceira e ligeira sensação de queimação no local. No couro cabeludo, as manifestações lembram um pouco a seborreia, porém são mais intensas.

A psoríase tem períodos de crise e costuma piorar no inverno, porque a pele fica naturalmente mais seca. Por fim, a enfermidade pode causar deformações nas unhas e, frequentemente, quem apresenta os sintomas nas extremidades tem também complicações nas articulações.

O dermatologista pondera que a psoríase é multifatorial e muitas vezes é difícil tratar a raiz do problema, porque envolve geralmente fatores genéticos, imunológicos e inflamatórios. Além do tratamento com medicamentos, é possível amenizar os sintomas da doença com práticas no dia a dia, especialmente a exposição não prolongada ao sol e à radiação ultravioleta artificial.

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