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Novo remédio para estimular libido em mulheres é aprovado nos EUA

Agência reguladora americana liberou o medicamento Vyleesi para mulheres na pré-menopausa, período no qual é comum a perda do desejo sexual

atualizado

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1 de 1 pre-menopausa - Foto: jhorrocks, Getty Images

Um novo tratamento para mulheres com baixa libido foi aprovado pela agência reguladora americana, Administração de Alimentos e Remédios dos Estados Unidos (FDA, sigla em inglês). O nome comercial do medicamento é Vyleesi. 

A prescrição é feita em casos de diagnóstico de Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo (TDSH), condição que atinge frequentemente mulheres na pré-menopausa. Esse período geralmente ocorre 10 anos antes da menopausa em si, mas apresenta como um dos principais sintomas a diminuição na produção de hormônios sexuais femininos. E isso gera perda gradual do desejo sexual. Alguns fatores externos como estresse e cansaço excessivo podem ser causas do TDSH, além de mudanças hormonais. 

O novo remédio tem como composto ativo o bremelanotide, um hormônio sintético que atua no sistema nervoso central. Ele ativa os principais receptores cerebrais envolvidos nas respostas sexuais, aumentando o que é conhecido como excitação neural. 

Segundo a FDA, o medicamento deve ser aplicado 45 minutos antes do ato sexual por meio de uma injeção no abdômen ou na coxa. A agência americana recomenda somente uma dose a cada 24 horas, por no máximo oito meses. Caso a paciente não perceba melhora depois de algumas semanas, a orientação é suspender o tratamento. 

Alguns efeitos colaterais possíveis são náuseas, vômitos e dores de cabeça. O Vyleesi pode provocar aumento da pressão arterial e, por isso, não é recomendado para pacientes com pressão alta ou doenças cardiovasculares. Além disso, pessoas com dependência de álcool ou de opioides não devem usar. 

Foram realizados testes controlados com 1.247 mulheres em pré-menopausa. Os resultados mostraram um aumento de desejo sexual em 212 mulheres e, em 436 delas, houve redução no estresse excessivo causado pela condição. 

O assunto ganhou espaço no FDA em 2012, quando a agência incluiu a disfunção sexual feminina como uma das 20 doenças prioritárias. Desde então, os testes e debates em torno do assunto têm sido recorrentes. Em 2015, a FDA autorizado que a farmacêutica Sprout Pharmaceuticals vendesse a flibanserina, com o nome comercial de “Addyi”, outra opção para uso diário em mulheres no período da pré-menopausa que notam a perda repentina do desejo sexual.

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