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Remédio experimental supera perda de peso de Ozempic e Wegovy. Entenda

Princípio ativo provisoriamente batizado de amicretina levou à uma perda de peso aproximada de 13% em 12 semanas, dobro do Wegovy

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1 de 1 Pessoa com obesidade com as mãos na pele - Metrópoles - pele - Foto: Jose Luis Pelaez Inc/ Getty Images

A Novo Nordisk, farmacêutica fabricante do Ozempic, anunciou nesta quinta-feira (7/3) que está desenvolvendo uma nova droga que leva a um emagrecimento maior do que todos os remédios anteriores da empresa disponíveis no mercado, como Ozempic e Wegovy.

Batizado provisoriamente de amicretina, o princípio ativo levou a uma perda de 13% do peso de seus pacientes em apenas 12 semanas. Os resultados são dos testes de fase 1 do medicamento e são equivalentes aos de outras farmacêuticas que têm tentado concorrer com os remédios contra diabetes e obesidade da Novo Nordisk, como o produto da Viking, anunciado em 28/2.

A droga mais forte da farmacêutica disponível para perda de peso atualmente, o Wegovy (que ainda não é vendido no Brasil, embora já tenha sido autorizado pela Anvisa), levou a uma perda de 6% do peso corporal quando foi testado pelo período de 12 semanas, ou seja, menos da metade dos resultados do novo medicamento.

Os resultados promissores foram anunciados para investidores da farmacêutica, mas ainda não foram publicados por completo.

Como funciona o remédio?

As informações iniciais são de que a amicretina funciona de forma semelhante à semaglutida, o princípio ativo do Wegovy e do Ozempic, mas também simula outro hormônio. Os remédios anteriores da companhia imitam a ação do hormônio GLP-1, produzido pelo intestino e responsável por gerar a sensação de saciedade e aumentar a secreção de insulina para digerir o açúcar dos alimentos.

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A perda de peso é um efeito colateral das medicações
Os remédios são usados "off label" para perda de peso
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Tanto o Ozempic quanto o Mounjaro são medicamentos para controlar a diabetes

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A perda de peso é um efeito colateral das medicações

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Os remédios são usados "off label" para perda de peso

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Além do GLP-1, a Novo Nordisk afirma que a amicretina simula também a atuação de outro hormônio, a amilina. Também chamada de IAPP, ela é produzida pelo pâncreas para equilibrar os níveis de glicose no sangue, regulando a atividade metabólica.

Outra vantagem do novo remédio é que ele foi testado em comprimidos orais diários e não em injeções semanais, como ocorre com outras drogas similares. O formato injetável será testado a partir de 2025.

O futuro da amicretina

Os testes de fase 1 com a amicretina começaram em setembro de 2023 e foram concluídos em 4/3. Participaram do ensaio clínico 36 voluntários (todos homens e japoneses) que foram divididos em dois grupos, um ingerindo a droga para tratamento da obesidade e outro, um placebo. Não houve efeitos colaterais graves observados.

Antes do remédio chegar às prateleiras, porém, há um longo caminho: nas fases 2 e 3, o remédio será testado em grupos mais amplos para avaliar o risco de seu uso. A previsão da Novo Nordisk é iniciar a fase 2 de avaliações ainda em 2024.

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