Novo remédio da Pfizer provoca emagrecimento semelhante ao do Ozempic
Danuglipron está em fase dois dos estudos e é administrado oralmente. Ele levou a uma perda média de 4 quilos em quatro meses
atualizado
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A farmacêutica Pfizer publicou, nesta segunda-feira (22/5), resultados sobre o estudo de um novo medicamento para o controle da diabetes tipo 2, o Danuglipron. O remédio apresentou resultados semelhantes aos do Ozempic, da fabricante Novo Nordisk, tanto para a diabetes quanto para a perda de peso.
No estudo de fase 2, o remédio se mostrou eficiente para a perda de peso e levou a uma média de emagrecimento de 2 quilos em grupos que usaram a versão de 80 mg e de 4,1 quilos aos que usaram a versão de 120 mg do medicamento. Os voluntários receberam a medicação durante 16 semanas.
Entre os participantes que usaram a versão mais alta de dosagem, 120 mg, 47% perderam ao menos 5% de todo seu peso corporal. Segundo os resultados publicados na revista Diabetes and Endocrinology, as doses menores do remédio, entretanto, não registraram efeitos expressivos de emagrecimento.
A perda de peso gerada pelo Danuglipron, segundo a farmacêutica, vem da diminuição do apetite provocada pelo uso do medicamento.
Metodologia do estudo
O remédio foi administrado por via oral, duas vezes por dia, para a metade dos 411 adultos que participaram do teste. Os demais voluntários receberam um placebo para que os efeitos do remédio fossem comparados. Todos foram orientados a seguir dietas mais saudáveis e foram examinados com constância, o que levou a reduções de peso também no grupo sem medicação, mas muito menos significativas. Entre os voluntários que receberam placebo, apenas 2% perderam mais que 5% do peso total.
O Danuglipron reduziu os níveis de glicose no sangue dos pacientes e também o peso em um desempenho semelhante ao observado na fase de testes do Ozempic. O resultado foi parecido, inclusive, nas reações adversas comumente observadas, sendo que diarreias, náuseas e vômitos foram relatados pela metade dos participantes.
Os resultados dos testes de fase 2 foram considerados satisfatórios pela Pfizer e agora a farmacêutica avançará para uma fase 3 de estudos, ampliando o número de pessoas que usará a medicação.
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