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Após 50 anos, cientistas identificam novo tipo de grupo sanguíneo raro

Descoberta feita por pesquisadores do Reino Unido pode ajudar a salvar milhares de pacientes com grupo sanguíneo raro

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Técnico faz exame sangue analizando-o em laboratório para encontrar câncer
1 de 1 Técnico faz exame sangue analizando-o em laboratório para encontrar câncer - Foto: Getty Images

Pesquisadores do Reino Unido identificaram um novo sistema de grupos sanguíneos raro. A descoberta pode ajudar a salvar as vidas de milhares de pessoas em todo o mundo.

O grupo sanguíneo chamado de MAL foi descrito por cientistas do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHSBT, na sigla em inglês) em um artigo publicado na revista Blood na segunda-feira (16/9). A pesquisa teve o apoio da Universidade de Bristol, na Inglaterra.

“Representa uma grande conquista finalmente estabelecer esse novo sistema de grupo sanguíneo e ser capaz de oferecer o melhor atendimento a pacientes raros, mas importantes”, afirma a hematologista Louise Tilley, do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido. Tilley estuda o tema há quase duas décadas.

Novo tipo sanguíneo

Os principais grupos sanguíneos foram identificados no início do século passado. Embora estejamos mais familiarizados com o sistema ABO e o fator Rh (a parte positiva ou negativa), os humanos têm muitos sistemas de grupos sanguíneos diferentes, que têm como base a variedade de proteínas e açúcares da superfície celular que revestem as células sanguíneas.

Em 1972, um caso médico chamou atenção para a possibilidade da existência de um novo sistema de grupo sanguíneo. Exames mostraram que o sangue de uma mulher grávida não tinha uma molécula de superfície encontrada em todos os outros glóbulos vermelhos, o antígeno AnWj.

De acordo com os pesquisadores, o corpo humano usa moléculas de antígeno como marcadores de identificação para separar os antígenos estranhos ao nosso corpo, que podem ser prejudiciais à saúde. Quando uma pessoa recebe uma transfusão e esses marcadores não são correspondentes, por exemplo, o paciente pode sofrer uma reação grave e até mesmo morrer.

Aproximadamente 99,9% das pessoas têm o antígeno AnWj-positivas, que está presente em uma proteína de mielina e linfócitos (MAL, na sigla em inglês). Essas pessoas demonstraram expressar proteína MAL de comprimento total em suas hemácias, o que não estava presente nas células de indivíduos AnWj-negativos.

“O motivo mais comum para ser AnWj-negativo é sofrer de um distúrbio hematológico ou alguns tipos de câncer que suprimem a expressão do antígeno. Apenas um número muito pequeno de pessoas é AnWj-negativo devido a uma causa genética”, afirmam os pesquisadores em comunicado à imprensa.

A equipe de Tilley desenvolveu um teste genético pioneiro que identifica pacientes sem esse antígeno. O teste pode salvar a vida de pessoas que reagem contra uma transfusão de sangue, tornando mais fácil encontrar potenciais doadores para esse tipo sanguíneo raro.

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