metropoles.com

Novo gene pode explicar por que Alzheimer é mais frequente em mulheres

Pesquisadores de duas universidades nos Estados Unidos descobriram gene que pode aumentar risco de Alzheimer em pessoas do sexo feminino

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Pixabay
imagem microscópica de molécula de DNA em cor azul
1 de 1 imagem microscópica de molécula de DNA em cor azul - Foto: Pixabay

Cientistas norte-americanos identificaram um gene que parece aumentar os riscos de Alzheimer em mulheres. A descoberta poderá explicar o porquê de pessoas do sexo feminino serem mais diagnosticadas com a doença. O gene, conhecido como MGMT, tem um papel importante na reparação do DNA humano, e o estudo descobriu que ele também está associado ao desenvolvimento de duas proteínas (beta-amilóide e tau) consideradas biomarcadores para a demência.

A ciência ainda não sabe exatamente por que o Alzheimer se desenvolve, e nem quem são os pacientes em grupo de risco. A doença é caracterizada pela formação de placas com pedaços da proteína beta-amilóide no cérebro, que são tóxicas e acabam danificando os neurônios. A condição é considerada a doença neurodegenerativa mais comum do mundo.

Porém, a pesquisa só encontrou relação entre o gene MGMT e o Alzheimer em mulheres. A chefe do departamento de genética biomédica da Universidade de Boston, EUA, Lindsay Farrer, disse à CNN Internacional que a descoberta é uma das associações mais fortes de um fator genético de risco da doença para pacientes do sexo feminino.

O fator genético de risco para o desenvolvimento da doença em pessoas com mais de 65 anos é o gene APOE ε4, que é mais frequente em mulheres. Porém, existem pacientes sem a expressão do gene, mas que apresentam os sintomas de Alzheimer. A pesquisa americana mostra que as pacientes sem o APOE ε4, mas com o MGMT, podem ser diagnosticadas com a condição.

“Por causa de fatores genéticos como esses e outros riscos específicos, como a redução do hormônio estrogênio durante a menopausa, as pacientes do sexo feminino podem desenvolver a doença com mais frequência”, completou o diretor da Clínica de Prevenção ao Alzheimer na Florida Atlantic University, Richard Isaacson. Ele acredita que a descoberta do MGMT é a “peça que faltava nas predições de risco para mulheres”.

15 imagens
É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais
Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes
O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos
Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição
O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais
1 de 15

O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceiros

Getty Images
2 de 15

É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais

Getty Images
3 de 15

Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes

Divulgação
4 de 15

O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos

Pixabay
5 de 15

Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição

Pixabay
6 de 15

O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais

Pixabay
7 de 15

As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagem

Pixabay
8 de 15

A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no Brasil

Pixabay
9 de 15

Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas

Pixabay
10 de 15

Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demência

Pixabay
11 de 15

Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demência

Agência Brasil
12 de 15

Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo

Pixabay
13 de 15

Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demência

Reprodução
14 de 15

Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminas

Pixabay
15 de 15

Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorização

Pixabay

A descoberta do novo gene foi feita em dois grupos separados: o primeiro, na Universidade de Chicago, que analisava as características genéticas de um grupo de mulheres rurais em dois estados norte-americanos quando descobriu a existência do MGMT. Essas mulheres pertencem a uma comunidade fechada, que realiza casamentos entre si e, por isso, tem registros genealógicos extensos e poucas variações genéticas.

O segundo grupo, na Universidade de Boston, foi contatado logo depois para tentar replicar os resultados dos primeiros pesquisadores. Porém, para a surpresa dos pesquisadores, eles já estavam conduzindo um estudo parecido, e chegaram ao mesmo gene.

O estudo conjunto foi publicado nessa quinta-feira (30/6) no periódico The Journal of the Alzheimer’s Association. Entretanto, os pesquisadores informam que mais estudos devem ser feitos para melhores conclusões.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?