Algoritmo prevê sinais de Alzheimer no cérebro com 99% de precisão
Pesquisadores usaram dados de 78 mil ressonâncias magnéticas para criar modelo que identifica sinais de comprometimento cognitivo leve
atualizado
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Pesquisadores da Kaunas University, na Lituânia, conseguiram criar um algoritmo que identifica com 99% de precisão sinais de comprometimento cognitivo leve, uma situação que pode anteceder quadros de Alzheimer. A condição não apresenta sintomas físicos.
O mecanismo analisa exames de ressonância magnética e procura por sinais de comprometimento do cérebro. Esse tipo de avaliação normalmente é feita pelo médico, mas pode demorar e ter erros.
Foram usados dados de 78 mil exames para treinar o algoritmo até que ele apresentasse precisão suficiente. O modelo pode ser usado ainda para desenvolver softwares que incluam outras informações, como pressão arterial e idade do paciente.
“O processamento moderno de sinais permite delegar o processamento de imagens para a máquina, que pode completar a análise de forma mais rápida e precisa”, explica Rytis Maskeliunas, um dos autores do trabalho publicado na revista científica Diagnostics.
A ideia dos cientistas é que a máquina auxilie os médicos no diagnóstico, uma vez que a identificação precoce dos sinais do Alzheimer é essencial para retardar a progressão da doença.