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Nova técnica: tratamento destrói tumores cancerígenos em minutos

Sem corte e minimamente invasiva, a ablação por microondas foi realizada pela primeira vez no Centro-Oeste por médicos do Sírio Libanês

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DIVULGAÇÃO/HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS
cirurgiasírio
1 de 1 cirurgiasírio - Foto: DIVULGAÇÃO/HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS

Pacientes oncológicos que não podem passar por cirurgia ou cuja cirurgia é de grande complexidade têm uma nova opção de tratamento. A ablação por microondas, técnica recém-chegada ao Brasil, utiliza micro-ondas, que são ondas eletromagnéticas de alta frequência, para “queimar” os tumores, destruindo-os em poucos minutos. Essa semana, o Hospital Sírio Libanês realizou o procedimento pela primeira vez no Distrito Federal. Antes, o método havia sido feito somente em São Paulo.

A ablação por micro-ondas pode ser utilizada como tratamento curativo para pacientes oncológicos, além da ablação por radiofrequência, a crioablação e a radiocirurgia. Os médicos utilizam exames de imagem, como ultrassom e tomografia, para localizar o tumor. Depois, chegam a ele com a ponta de uma agulha, com precisão milimétrica. A radiação esquenta e agita as moléculas de água do tumor, destruindo-o pelo calor gerado (seguindo o mesmo princípio de um micro-ondas convencional).

Segundo João Paulo Bernardes, médico especializado em radiologia intervencionista do Hospital Sírio Libanês que realizou o procedimento no DF, uma das maiores vantagens da técnica é a velocidade, assim como a possibilidade de tratamento de lesões maiores. Outros tipos de tratamento, como a radiofrequência, podem demorar até 10 vezes mais tempo que a ablação. A velocidade de destruição depende do tamanho do tumor, mas há casos em que é possível eliminá-lo em apenas dois minutos.

Por não envolver cortes ou cirurgia, a ablação permite que o paciente receba alta até no mesmo dia da intervenção. Foi o que aconteceu no caso do brasiliense operado pela técnica, João Gastio dos Santos, 73 anos. Com câncer no fígado, ele sofria com um tumor de 4,2 cm. O procedimento durou cinco minutos e o paciente foi liberado no mesmo dia. “Por ser minimamente invasivo, esse tipo de ablação tem como vantagens a rápida recuperação do paciente, evitando internações prolongadas e UTI. Além de ser uma solução menos mórbida, pode representar até mesmo uma economia para o sistema de saúde”, detalha João Paulo Bernardes.

Em geral, a ablação por microondas é utilizada para tratamento local de tumores de fígado, pulmão e rim, primários e metástases. Neste ano, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) realizou uma pesquisa para testar a técnica. Até agora, dois pacientes passaram pelo procedimento. A estimativa é que, até o fim do estudo, outros 60 sejam submetidos ao mesmo tratamento.

De acordo com João Paulo Bernardes, a técnica “tem suas limitações”. “Por isso, é necessário um time de especialistas avaliando caso a caso. São as chamadas equipes multidisciplinares, onde as melhores soluções para os pacientes são decididas em conjunto”, explica o médico. Os times normalmente são compostos por médicos radiologistas intervencionistas, oncologistas, cirurgiões e radioterapeutas.

“Estamos felizes e animados com a chegada desta tecnologia, que aumenta nosso arsenal terapêutico. Os nossos pacientes agora podem ser tratados com a tecnologia de micro-ondas, que já é uma realidade nos grandes centros oncológicos do mundo”, completa o médico do Hospital Sírio-Libanês.

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