Nova técnica mostra efeitos da Covid longa em pulmões de pacientes
Pesquisadores canadenses usaram gás em ressonância magnética para observar as pequenas vias aéreas e os vasos sanguíneos do órgão
atualizado
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Com o aumento da quantidade de pessoas vacinadas contra a Covid-19, a próxima preocupação da comunidade científica é quanto à Covid longa. A maioria dos pacientes relata sofrer com falta de ar e fadiga mas, até o momento, os exames disponíveis mostravam que os pulmões não apresentavam danos após a infecção.
Pesquisadores da Western University, no Canadá, tentaram uma abordagem diferente para analisar os órgãos dos pacientes. Durante exames experimentais, 40 indivíduos (sendo 34 com Covid longa e seis sem) inalaram um isótopo polarizado do gás xenon, que ressona a uma frequência específica quando submetido à ressonância magnética.
O objetivo do teste era visualizar as menores vias aéreas e os vasos sanguíneos em tempo real. “O que vimos na ressonância foi que a transição do oxigênio para as hemácias do sangue estava deprimida nos pacientes com Covid longa, em comparação com as pessoas saudáveis”, explicou a biofísica Grace Parraga, uma das autoras do estudo.
Os cientistas conseguiram enxergar danos vasculares nos menores vasos do pulmão. Eles sugerem que problemas de circulação sanguínea, como a perda de flexibilidade dos vasos ou coágulos, podem estar dificultando a chegada das células aos alvéolos.
O grupo alerta que a pesquisa é considerada pequena, e precisa ser repetida com mais pacientes para chegar a uma conclusão sobre os efeitos da Covid longa nos pulmões. O estudo foi publicado na revista científica Radiology.
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