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Nova geração de remédios contra Covid promete revolucionar tratamento

Pílulas com ação antiviral em fase final de testes serão indicadas para tratamento imediato da infecção provocada pelo coronavírus

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Pílulas coloridas de remédio
1 de 1 Pílulas coloridas de remédio - Foto: Getty Images

Após o desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19, o lançamento de um medicamento oral, com comprovação científica de eficácia é apontado pela comunidade científica como o grande ponto de virada no combate à infecção provocada pelo novo coronavírus.

As terapias disponíveis até o momento, como os corticoides e os coquetéis de anticorpos monoclonais combinados, são destinadas ao tratamento de casos graves de Covid-19 em ambiente hospitalar.

O antiviral, por sua vez, teria a indicação para uso doméstico, a ser administrado ainda nos primeiros dias após a exposição ao vírus Sars-CoV-2. O objetivo pretendido pela classe de medicamentos é evitar que o vírus consiga se desenvolver já no primeiro momento, impedindo que a infecção avance.

Atualmente, os medicamentos mais promissores são o molnupiravir, desenvolvido pela Merck Sharp & Dohme (MSD), e o PF-07321332, da Pfizer. Ambos estão na etapa de estudos clínicos, quando os resultados são avaliados em seres humanos. Caso os ensaios confirmem os benefícios destas fórmulas, eles serão os primeiros remédios com comprovação científica destinados ao tratamento precoce.

“Será um salto incrível, comparável à descoberta da penicilina”, afirma a médica infectologista Ana Helena Germoglio. “Mesmo os vacinados podem evoluir para as formas graves e, se esses medicamentos se mostrarem eficazes, vamos evitar que muitas pessoas tenham de ir para a UTI”, frisa a profissional.

Molnupiravir

Desenvolvido pela MSD em parceria com a Ridgeback Biotherapeutics, o medicamento age diretamente em uma enzima necessária para que o vírus faça cópias de si mesmo, inserindo erros no código genético do invasor.

Os resultados provisórios do estudo clínico mostraram que o antiviral foi capaz de reduzir pela metade o risco de hospitalização ou morte entre pacientes com predisposição a desenvolver quadros graves da doença. Os testes foram realizados entre voluntários com diagnóstico positivo para a Covid-19.

“Tratamentos antivirais que podem ser tomados em casa para manter as pessoas com Covid-19 fora do hospital são extremamente necessários”, afirmou Wendy Holman, CEO da Ridgeback, no comunicado sobre o achado enviado à imprensa.

Nessa quarta-feira (6/10), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que estudos clínicos de fase 3 do molnupiravir serão realizados também no Brasil. Os testes vão ser feitos em sete centros de pesquisa do país.

Medicamento da Pfizer

O PF-07321332, da Pfizer, está na fase 2/3 de estudo, para avaliação da eficácia e segurança. O estudo prevê a participação de 2.660 voluntários saudáveis, com 18 anos ou mais, que tenham tido contato com um paciente sintomático da Covid-19 na mesma casa.

Os cientistas pretendem avaliar se o medicamento é capaz de prevenir a infecção entre pessoas expostas ao vírus. “Se for bem-sucedida, acreditamos que esta terapia poderá ajudar a interromper o vírus precocemente – antes que ele tenha a chance de se replicar extensivamente -, potencialmente prevenindo doenças sintomáticas naqueles que foram expostos e inibindo o início da infecção em outros”, afirmou Mikael Dolsten, diretor científico da Pfizer.

Veja quais são os sintomas mais frequentes de Covid-19:

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Idosos e pessoas com comorbidades, como doenças cardíacas, pulmonares ou obesidade, e os imunossuprimidos apresentam maior risco de desenvolver complicações mais sérias da Covid-19
No início da pandemia, os principais sintomas associados à doença eram febre, cansaço, tosse seca, dores no corpo, congestão nasal, coriza e diarreia
Dois anos depois da confirmação do primeiro caso, com o surgimento de novas variantes do coronavírus, a lista de sintomas sofreu alterações
Pacientes passaram a relatar também calafrios, falta de ar ou dificuldade para respirar. Fadiga, dores musculares ou corporais, dor de cabeça, perda de olfato e/ou paladar, dor de garganta, náusea, vômito e diarreia também fazem parte dos sintomas
A variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, espalhou-se rapidamente pelo mundo e gerou um novo perfil da doença
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Os testes laboratoriais confirmaram que o medicamento é capaz de conter a capacidade viral de mutações, como a Ômicron e a Delta, classificadas como variantes de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS)

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Idosos e pessoas com comorbidades, como doenças cardíacas, pulmonares ou obesidade, e os imunossuprimidos apresentam maior risco de desenvolver complicações mais sérias da Covid-19

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No início da pandemia, os principais sintomas associados à doença eram febre, cansaço, tosse seca, dores no corpo, congestão nasal, coriza e diarreia

Andrea Piacquadio/Pexels
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Dois anos depois da confirmação do primeiro caso, com o surgimento de novas variantes do coronavírus, a lista de sintomas sofreu alterações

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Pacientes passaram a relatar também calafrios, falta de ar ou dificuldade para respirar. Fadiga, dores musculares ou corporais, dor de cabeça, perda de olfato e/ou paladar, dor de garganta, náusea, vômito e diarreia também fazem parte dos sintomas

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A variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, espalhou-se rapidamente pelo mundo e gerou um novo perfil da doença

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Atualmente, ela se assemelha a um resfriado, com dores de cabeça, dor de garganta, coriza e febre, segundo um estudo de rastreamento de sintomas feito por cientistas do King's College London

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A mudança no perfil dos sintomas é um desafio no controle da pandemia, uma vez que as pessoas podem associá-los a uma gripe comum e não respeitar a quarentena, aumentando a circulação viral

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Um estudo feito no Reino Unido, com 38 mil pessoas, mostrou que os sintomas da Covid-19 são diferentes entre homens e mulheres

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Enquanto eles costumam sentir mais falta de ar, fadiga, calafrios e febre, elas estão mais propensas a perder o olfato, sentir dor no peito e ter tosse persistente

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Os sintomas também mudam entre jovens e idosos. As pessoas com mais de 60 anos relatam diarreia com maior frequência, enquanto a perda de olfato é menos comum

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A maioria das pessoas infectadas que tomaram as duas doses da vacina sofre com sintomas considerados leves, como dor de cabeça, coriza, espirros e dor de garganta

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