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Nova combinação de medicamentos reduz o câncer de pâncreas

Dois remédios funcionaram com sucesso no tumor pancreático em camundongos. Pesquisa abre caminho para testes em humanos

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cancer sistema digestivo
1 de 1 cancer sistema digestivo - Foto: iStock

Um novo estudo, de cientistas do Instituto Sanford Burnham Prebys, descobriu uma combinação de dois medicamentos contra o câncer que funcionaram com sucesso nos tumores pancreáticos de camundongos, diminuindo-os significativamente e abrindo caminho para testar sua eficácia em humanos.

Os medicamentos – L-asparaginase e um inibidor da proteína MEK – já são bem-sucedidos no tratamento de pacientes com cânceres agressivos, como leucemia.

Juntos, eles mataram os tumores após bloquearem o acesso dos principais nutrientes necessários para o crescimento do câncer, os impedindo de se adaptarem ao organismo e sobreviverem.

Em seus experimentos, os cientistas usaram a L-asparaginase para privar os tumores pancreáticos de um nutriente essencial para eles, a asparagina.

No entanto, em vez de morrer, o câncer ativou uma via de resposta ao estresse nas células tumorais pancreáticas, que lhes permitia fabricar asparagina.

Para bloquear este caminho, o Dr. Ronai e sua equipe usaram um inibidor da MEK que impedia os tumores de produzir seu próprio asparageno e crescer.

As descobertas, publicadas na revista Nature Cell Biology, revelaram como os tumores encolheram nos ratos quando os medicamentos combinados foram administrados.

No mesmo estudo, os cientistas mostraram que os dois tratamentos também reduziram tumores de melanoma em camundongos e inibiram as metástases do melanoma.

A L-asparaginase é um medicamento quimioterápico usado para tratar a leucemia linfoblástica aguda (LLA) e alguns outros distúrbios do sangue.

Já os inibidores da MEK, como trametinibe e dabrafenibe, são aprovados para o tratamento de tumores sólidos, incluindo melanoma, um tipo de câncer de pele.

O mais letal
O tumor pancreático é a forma mais letal do câncer, principalmente por ser difícil de tratar e normalmente não é diagnosticado até que seja avançado. Nos estágios iniciais, o câncer de pâncreas raramente causa sintomas.

Quando aparecerem dores de estômago, pele e olhos amarelos e perda de peso, pode ser tarde demais. Se o tumor é grande ou se espalhou, tratar ou curar o câncer é muito mais difícil. A cirurgia – a única maneira de curar a doença – não é mais possível na maioria dos casos.

Os números sugerem que apenas 5% dos pacientes sobreviverão cinco anos após o diagnóstico. Um quarto dos pacientes com a doença morre dentro de um mês após o diagnóstico e três quartos morrem dentro de um ano.

A doença atinge 9 mil pessoas no Reino Unido e quase 57 mil nos EUA por ano ano.

 

 

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