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Nobel de Medicina: “Nunca achei que seria reconhecida”, diz vencedora

Katalin Karikó diz que sua mãe sempre acreditou que ela teria reconhecimento do Nobel, mesmo quando bioquímica foi rebaixada como professora

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Divulgação/Nobel Prize Outreach
Foto mostra a biomédica húngara Katalin Karikó
1 de 1 Foto mostra a biomédica húngara Katalin Karikó - Foto: Divulgação/Nobel Prize Outreach

A húngara Katalin Karikó e o americano Drew Weissman ganharam nesta segunda-feira (2/10) o Prêmio Nobel de Medicina pelas pesquisas sobre RNA mensageiro que abriram caminho para o desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19.

Em entrevista logo após o anúncio do resultado, a bioquímica de 68 anos contou que não conseguia parar de rir. “É inacreditável ganhar este prêmio”, afirmou.

Previsão de mãe

Na entrevista, Katalin contou que houve um momento em sua carreira no qual apenas sua mãe acreditava que um dia ela receberia tamanho reconhecimento.

“Ela está ouvindo lá de cima, com certeza. Há 10 anos eu não conseguia nem ser reconhecida como professora, não tinha equipe, havia sido rebaixada de posto. Mas minha mãe dizia que meu nome seria legitimado — eu respondia que nunca ia acontecer”, lembra a bioquímica.

Elogiando o trabalho de Katalin, o secretário-geral da Assembleia do Nobel, Thomas Perlmann, disse que ela permaneceu empenhada mesmo quando a sua investigação foi recebida com cepticismo.

“Ela lutou e não obteve reconhecimento pela importância da sua visão. Katalin é uma cientista extraordinária e incomum, muito apaixonada pela ideia do mRNA e seu uso terapêutico”, detalhou.

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Médico, apesar de não ser afeito às comemorações, disse que iria a um bom jantar
O médico americano Drew Weissman é professor da Univesidade da Pensilvânia
A húngara Katalin Karikó é uma bioquímica que só se tornou professora titular em 2021
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A biomédica afirmou que não conseguia parar de gargalhar quando recebeu a ligação do Nobel

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Médico, apesar de não ser afeito às comemorações, disse que iria a um bom jantar

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O médico americano Drew Weissman é professor da Univesidade da Pensilvânia

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A húngara Katalin Karikó é uma bioquímica que só se tornou professora titular em 2021

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Médico também não acreditava que venceria

O médico americano Drew Weissmann, 64 anos, afirmou, em sua primeira entrevista à imprensa sueca, que ainda não acreditava ter ganho o prestigiado prêmio.

“Eu soube pela Katie — eles ligaram para ela primeiro e não tinham meu número. Não tínhamos certeza se era uma pegadinha”, conta. Ele diz que não fez uma grande festa, mas sairá com a família para um jantar de comemoração.

Quem são os cientistas?

Katalin Karikó nasceu em 1955 em Szolnok, na Hungria. Ela fez seu doutorado pela Universidade de Szeged em 1982 e seu pós-doutorado na Universidade de Temple, nos Estados Unidos. Entre 1989 e 2013, ela foi professora assistente na Universidade da Pensilvânia. Depois, a buiquímica foi chefe de pesquisas da BioNTech RNA Farmacêuticos e, desde 2021, atua como professora assistente em duas universidades.

Drew Weissman nasceu em 1959 em Lexington, nos EUA. Ele recebeu seu diploma de dourorado na Universidade de Boston em 1987. Foi residente na Universidade de Harvard e, desde 1997, chefia um grupo de pesquisa médica na Faculdade de Medicina da Universidade da Pensilvânia. Ele é diretor do Instituto Penn para Inovações de RNA.

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