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No Reino Unido, 64% dos infectados pela Ômicron já tiveram Covid antes

Dados do Imperial College de Londres confirmam a capacidade de reinfecção da nova variante do coronavírus

atualizado

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Ilustração da estrutura do coronavírus
1 de 1 Ilustração da estrutura do coronavírus - Foto: Andriy Onufriyenko/Getty Images

Quase dois terços (64,6%) das pessoas infectadas com o coronavírus no Reino Unido relataram que já tiveram a Covid-19 anteriormente. Os dados do programa de monitoramento React, associado ao Imperial College de Londres, indicam a capacidade de reinfecção da variante Ômicron.

“Uma vez que estes resultados se baseiam em dados autodeclarados, é incerta qual é a proporção destas reinfecções ou infecções recentes detectadas, devido à sensibilidade dos testes PCR”, afirma a publicação.

Os resultados foram baseados em mais de 100 mil testes realizados entre 5 e 20 de janeiro. O levantamento aponta que 1 a cada 23 testes foram positivos para Covid-19 durante este período, representando 4,41% das pessoas.

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento

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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido

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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas

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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo

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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus

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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível

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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano

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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta

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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante

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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa

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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente

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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde

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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas

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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados

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“Este é o valor mais elevado registrado desde que o estudo começou a testar em maio de 2020, e mais de três vezes superior aos resultados anteriores relatados em dezembro, quando 1 em cada 70 tinha o vírus (1,40%)”, afirma a publicação.

Alta transmissão pela Ômicron

Para o Imperial College de Londres, o professor Paul Elliott, diretor do programa React, disse que “é vital que continuemos a acompanhar de perto a situação para compreender o impacto da variante Ômicron, que agora compõe quase todas as infecções no país”.

O estudo analisou mais detalhadamente 1.406 amostras positivas para Covid-19. Os cientistas rastrearam as raízes genéticas dos casos e identificaram que 99% eram referentes à variante Ômicron.

Nos dados mais recentes, as tendências mostram que as infecções estão diminuindo em adultos, com a taxa de transmissão abaixo de 1. Entretanto, as crianças de até 11 anos tiveram o maior número de diagnósticos, com 1 a cada 13 testes positivos (7,81%).

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