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No DF, área com maior dificuldade de acesso à saúde fica na Estrutural

Levantamento da Fiocruz/Cidacs aponta que região da Chácara Santa Luzia tem os piores indicadores de renda, escolaridade, água e esgoto

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Arthur Menescal/Mapa das Desigualdades
Cidade-Estrutural_Crédito-Arthur_Menescal
1 de 1 Cidade-Estrutural_Crédito-Arthur_Menescal - Foto: Arthur Menescal/Mapa das Desigualdades

De acordo com um levantamento feito pela Fiocruz, em parceria com o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs) e a Universidade de Glasgow, na Escócia, a área do Distrito Federal que tem os maiores níveis de privação de acesso à saúde e bens materiais fica na região da Chácara Santa Luzia, na Estrutural.

O Índice Brasileiro de Privação (IBP) usa dados do último Censo — publicado em 2010 com informações sobre renda, escolaridade e acesso à água, saneamento básico e esgoto  — para definir as micro-regiões com maior dificuldade de acesso. Um cruzamento com dados de saúde mostra que essas áreas também são as que mais possuem problema de acesso à médicos e enfermeiras.

O levantamento foi feito com base em regiões censitárias (o DF tem mais de 4 mil) e o índice da pior área chegou a 5,65, considerado muito alto. A população da região é de 1,69 mil pessoas, de acordo com a plataforma do IBP. Do outro lado da tabela estão as regiões do Plano Piloto, Lago Sul e Norte.

No panorama nacional, o DF tem um status de privação considerado baixo. O índice divide o país em regiões de privação muito baixa, baixa, médio, alto e muito alto. A maior parte dos municípios com nota suficiente para entrar nas categorias alta e muito alta fica no Norte e Nordeste do Brasil.

O Índice Brasileiro de Privação foi apresentado com antecedência para um pequeno grupo de jornalistas. A plataforma, com acesso a um mapa e informações por município e região censitária, demorou dois anos para ficar pronta e será divulgada à população em 9 de dezembro. É a primeira vez que um levantamento como este é feito para pequenas áreas — em várias cidades, é possível diferenciar a condição entre bairros.

A ideia é que as informações sejam atualizadas a cada novo censo feito pelo IBGE, com a expectativa de agregar mais indicadores e chegar a um resultado mais fidedigno. A maior dificuldade, neste caso, é que a população, de fato, responda a todos os questionamentos feitos pela pesquisa. No cruzamento de dados de saúde, um dos principais entraves é a dificuldade no registro de casos — em muitos prontuários, não se tem preenchido o campo de endereço do paciente.

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