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Ney Latorraca: entenda o quadro que causou a morte do ator

O ator e diretor morreu, aos 80 anos, na manhã desta quinta-feira (26/12). Ney Latorraca estava internado desde o último dia 20

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O ator Ney Latorraca morreu nesta quinta-feira (26/12), aos 80 anos, após sofrer uma sepse pulmonar. Ele estava internado desde o último dia 20, na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, por conta de um câncer de próstata.

A sepse pulmonar ocorre quando o corpo tem uma resposta exacerbada a uma infecção inicial, provocada por uma bactéria, vírus ou fungo. Na maioria dos casos, ela está associada à pneumonia causada pela bactéria Streptococcus pneumoniae.

As toxinas liberadas pelos agentes causadores da infecção podem levar a danos graves aos tecidos e resultar em funções reduzidas dos órgãos e pressão arterial baixa, podendo levar à morte.

Pacientes que encontram-se internados em ambiente hospitalar, possuem doenças crônicas e sistema imunológico mais enfraquecido correm maior risco de desenvolver sepse pulmonar.

Embora o foco da infecção seja o pulmão, os sinais inflamatórios da sepse se espalham por todo o corpo. Com isso, os pacientes podem apresentar sintomas como febre, calafrios, dor muscular e problemas respiratórios, incluindo falta de ar, cansaço excessivo e respiração acelerada.

Câncer de próstata

Ney Latorraca foi diagnosticado pela primeira vez com câncer de próstata em 2019, quando foi operado para retirar o órgão. Mas a doença voltou em agosto deste ano, levando a um quadro de metástase.

O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum da doença entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Na maioria dos casos, é uma condição silenciosa no estágio inicial, quando muitos pacientes sequer apresentam sinais ou sintomas.

À medida que a doença evolui, o homem pode apresentar sinais como:

  • Necessidade de urinar mais vezes;
  • Enfraquecimento do fluxo urinário;
  • Necessidade de urinar durante a noite (nictúria);
  • Presença de sangue na urina ou no sêmen;
  • Disfunção erétil;
  • Dores no quadril, costas, coxas, ombros ou em outros ossos quando a doença se dissemina.

Os sintomas gerais – como fraqueza e dormência nas pernas ou pés – podem ser confundidos com outras condições clínicas. Por isso, é importante consultar um médico.

O diagnóstico precoce, por meio de exames de rotina como o antígeno prostático específico (PSA) e o toque retal, desempenha um papel crucial em aumentar as chances de cura do paciente, diminuindo a necessidade de procedimentos mais invasivos e o índice de mortalidade.

“Para evitar que o câncer de próstata passe para estágios mais avançados, é importante realizar exames regularmente e consultar um médico em caso de sintomas suspeitos”, aconselhou o presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Clóvis Klock, em entrevista anterior ao Metrópoles.

Fatores de risco para o câncer de próstata

A idade é o principal fator de risco para o câncer de próstata, sendo mais comum especialmente após os 60 anos.

Outros fatores importantes são o histórico de câncer de próstata na família – com pai ou irmão diagnosticados antes dos 60 anos –, tabagismo, sobrepeso e obesidade.

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