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Neoplasia: entenda o tumor retirado do cérebro de Glória Maria

Apresentadora foi internada no Rio de Janeiro, passou por cirurgia e deve ter alta até o final da semana

atualizado

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1 de 1 gloria maria - Foto: Reprodução

Nesta segunda-feira (11/11/2019), a apresentadora Glória Maria passou por uma cirurgia para a retirada de uma lesão no cérebro, no hospital CopaStar, da Rede D’Or, no Rio de Janeiro. Após passar mal em casa na última quinta-feira (07/11/2019), a jornalista foi submetida a uma ressonância magnética que mostrou lesão expansiva cerebral, conforme o boletim médico divulgado pela assessoria de imprensa do hospital. A lesão foi totalmente removida, Glória Maria passa bem e deve ter alta até o final da semana.

Segundo o médico Daniel Marques, oncologista da Rede D’Or, a lesão expansiva é uma manifestação de uma neoplasia, ou seja, trata-se de células que se proliferaram descontroladamente e geraram um processo expansivo. “É uma lesão que cresceu e geralmente é acompanhada de sintomas neurológicos: dor de cabeça, déficit motor ou cognitivo”, explica o especialista. A neoplasia é conhecida popularmente como tumor e pode ser maligna ou benigna. O câncer é um tipo de neoplasia maligna.

Daniel conta que há dois tipos de tumores no sistema nervoso central: os primários, que nascem diretamente de alguma célula do sistema nervoso, e os secundários, que advêm de um câncer metastático. Dos primários, há três variações importantes. Os meningiomas, que são provenientes da meninge – a membrana que recobre o sistema nervoso –, são os mais simples deles. Há poucos sintomas, uma cirurgia geralmente resolve o problema e, normalmente, é um tumor de bom prognóstico.

Os outros dois são os gliomas, que, por sua vez, são divididos em duas categorias. Os de baixo grau são frequentes em adultos com menos de 50 anos e crescem sem muitos sintomas. O tratamento é ressecar e retirá-los cirurgicamente, seguido de radioterapia, quimioterapia ou uma combinação dos dois, dependendo do tipo, tamanho e características moleculares da neoplasia.

O segundo é o glioblastoma multiforme, um tipo de câncer muito agressivo em que os pacientes são sintomáticos. “O tratamento padrão é a ressecção máxima possível sem sequela para o paciente, seguido de radioterapia e quimioterapia concomitantes e, depois, mais quimioterapia”, conta o médico.

Em geral, o tratamento de todos os tipos de tumores do sistema nervoso central começa com cirurgia, como no caso da apresentadora Glória Maria. Não há informações sobre o tipo de tumor encontrado, mas, segundo Daniel, o fato de a jornalista já estar acordada e bem é sinal de um bom prognóstico.

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