“Nenhuma das vacinas aprovadas contra Covid é experimental”, diz OMS
Entidade afirma que, apesar de os imunizantes terem sido liberados para uso emergencial, já cumpriram critérios básicos
atualizado
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Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (14/6), a Organização Mundial de Saúde (OMS) reiterou que as vacinas contra a Covid-19 aprovadas para uso emergencial pela entidade não são consideradas experimentais.
“No começo da pandemia, colocamos critérios mínimos de segurança e eficácia para as vacinas contra a Covid-19. Uma vez que os dados mínimos são alcançados, as fórmulas podem receber a aprovação para uso emergencial”, afirmou Soumya Swaminathan, cientista-chefe da OMS. Ela lembrou ainda que há várias formulações na fase de estudo clínico — essas, sim, são consideradas experimentais.
Efeitos adversos
Mariângela Simão, diretora de acesso a medicamentos e produtos para a saúde da entidade, explicou que a organização está acompanhando os casos de miocardite que podem estar associados à vacinação nos Estados Unidos.
“Estamos monitorando e coletando dados para investigar se há relação com a vacina, ou se é uma distribuição normal de casos”, diz. A OMS afirma que a maioria dos casos relatados até o momento nos Estados Unidos e Israel são de situações leves.
A diretora comentou também sobre a decisão do FDA (órgão americano equivalente à Anvisa) de incinerar doses da vacina da Janssen produzidas por um laboratório em Baltimore, nos EUA. Segundo ela, o problema é pontual com a fábrica, e a vacina continua sendo segura.
A maior parte das doses que está sendo exportada e distribuída é feita em outros laboratórios, e não se esperam problemas com data de entrega por conta da situação.
Preocupação com a África
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que, apesar de o número de casos estar caindo no mundo há sete semanas, a entidade está preocupada com a situação de alguns países que registram alta nos diagnósticos. A principal preocupação é com as nações africanas, que possuem pouco acesso a testes e vacinas, e sofrem com limitação de oxigênio para tratar casos graves.
O diretor voltou a pedir cooperação internacional, principalmente, dos países mais ricos, para adquirir vacinas e distribuí-las para as pessoas mais vulneráveis. A esperança da OMS é ter vacinado 70% da população mundial até janeiro de 2022.
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