Nefrologista explica quais são os primeiros sintomas de pedra nos rins
Cálculos renais podem causar desde dores intensas até a presença de sangue na urina. Condição afeta aproximadamente 10 milhões de brasileiro
atualizado
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Os cálculos renais, mais conhecidos como pedra nos rins, são uma condição dolorosa que afetam aproximadamente 10 milhões de brasileiros, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). As pedras são massas duras que se formam no trato urinário e podem provocar dor intensa, hemorragia, infecções e bloqueio do fluxo urinário.
Os cálculos são comuns entre pessoas cuja dieta é muito rica em proteína de fonte animal, vitamina C ou que não bebem água suficiente. A condição, que também pode ser hereditária, é mais frequente em jovens adultos.
“Nós só sabemos que alguém tem pedra nos rins pelo exame de imagem. Porém, ela começa com uma dor de grande magnitude nas costas, que as pessoas comparam com a dor do parto — mas não há escala médica que comprove isso”, alerta o nefrologista Luiz Roberto de Sousa Ulisses, coordenador do Programa de Transplante Renal Hospital Santa Lúcia, em Brasília.
A dor intensa começa nas costas e se irradia em direção à região perineal, onde ficam os órgãos genitais. O que dói não é a formação das pedras, mas sim a tentativa do organismo de expulsá-las. O nefrologista destaca outros sintomas além das dores:
- Sangue na urina;
- Náuseas e vômitos;
- Bloqueio do fluxo da urina, em casos graves;
- Febre apenas em casos de infecção em decorrência do cálculo.
Tratamento e prevenção
Ulisses recomenda que as pessoas estejam cientes do histórico familiar de pedra nos rins para evitar as crises. “Se torna crise quando a pedra quer sair, quando ela machuca. Então, eu sempre chamo atenção para o histórico familiar, beber no mínimo dois litros de água e para o acompanhamento com um nefrologista”, afirma.
Além da desidratação, o cálculo renal pode estar ligado à má alimentação. Uma forma de se prevenir é comer frutas cítricas ricas em citrato, substância que mantém o PH da urina em um nível adequado para evitar a formação das pedras.
Em casos graves, as pessoas podem ser submetidas a uma cirurgia em que os médicos inserem um tubo temporário na uretra para desviar o cálculo que está causando a obstrução. Outra opção é desintegrar a pedra por meio de ondas sonoras direcionadas para o corpo. Os fragmentos são eliminados através da urina.
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