Nature coloca brasileiro em lista de cientistas mais influentes do ano
Pesquisador Túlio de Oliveira se destacou pela descoberta da variante Ômicron. Lista reconhece trabalho pioneiro de outros nove cientistas
atualizado
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A revista científica Nature divulgou, nesta quarta-feira (15/12), a lista dos dez cientistas mais influentes do ano. O brasileiro Túlio de Oliveira, diretor do Centro para Respostas e Inovação em Epidemias (CERI) na África do Sul, está entre os escolhidos. O pesquisador se destacou pela descoberta da variante Ômicron do coronavírus.
Em entrevista à Nature, Túlio disse que sabia que o anúncio de uma nova cepa poderia resultar em sanções econômicas contra países da África Austral. Porém, era a coisa certa a ser feita. “A maneira de deter uma pandemia é com uma ação rápida”, comentou. “Esperar para ver não tem sido uma boa opção.”
Conheça os outros cientistas homenageados:
Winnie Byanyima
Diretora executiva da UNAIDS, Winnie luta pela distribuição igualitária das vacinas contra a Covid-19 para populações mais pobres.
A ativista é uma das fundadoras do grupo People’s Vaccine Alliance, que busca levar a pauta igualitária para líderes poderosos. “Essa ideia de que você pode vender uma tecnologia de saúde que salva vidas, da mesma forma que você vende uma bolsa de luxo, não é normal”, têm afirmado em entrevistas.
Friederike Otto
A climatologista alemã Friederike Otto estuda eventos climáticos extremos. A pesquisadora fundou o World Weather Attribution (WWA) com o objetivo de analisar rapidamente como as mudanças climáticas desempenham um papel em eventos extremos de calor, frio, chuvas, seca e incêndios florestais.
Zhang Rongqiao
Zhang Rongqiao é engenheiro e liderou a primeira missão bem-sucedida da China à Marte. Em 15 de maio, o veículo espacial pousou na superfície do planeta.
A viagem colocou o país na posição de segunda nação, depois do Estados Unidos, a colocar um rover em Marte.
Timnit Gebru
Timnit Gebru, pesquisadora na área de inteligência artificial fundou um instituto independente para estudar questões relacionadas à ética na tecnologia.
A iniciativa surgiu após a cientista ser demitida de seu emprego na Google. O episódio impulsionou grandes discussões sobre a discriminação contra pessoas negras na área de tecnologia e os danos que a inteligência artificial pode trazer a grupos marginalizados.
John Jumper
O PhD em física pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido, criou um projeto que usa a inteligência artificial para transformar a biologia.
A partir da tecnologia, o pesquisador e sua equipe conseguem prever estruturas de proteínas com grande precisão.
Victoria Tauli-Corpuz
Victoria é uma filipina ativista internacional pela causa indígena. Durante a cúpula das Nações Unidas sobre o clima, a COP26, ela conseguiu que as autoridades reconhecessem os povos indígenas como protetores da biodiversidade e do clima.
Guillaume Cabanac
Guillaume Cabanac é especialista em analisar artigos científicos em busca de expressões que não fazem sentido.
O cientista da computação deu origem a um site que sinaliza trabalhos acadêmicos de qualidade questionável. O objetivo é tornar a literatura mais clara e livre de informações falsas.
Meaghan Kall
Meaghan Kall se destacou pela atuação nas redes sociais para explicar estudos relacionados ao coronavírus. A epidemiologista do governo do Reino Unido ajudou a divulgar informações sobre a pandemia de forma simples e acessível.
Janet Woodcock
Janet foi nomeada pelo presidente Joe Biden para liderar o FDA (Food and Drug Administration), a agência de regulação dos Estados Unidos.
A trajetória da ex-médica é marcada pela administração do Centro para Avaliação e Pesquisa de Medicamento, responsável por garantir que os remédios sejam seguros e eficazes antes de serem aprovados para o mercado dos Estados Unidos.