metropoles.com

Não se vacinar aumenta chance de Covid longa, diz estudo brasileiro

Pesquisa da UFPel e da UFRGS indica que quem não se vacinou contra o coronavírus tem 23% mais probabilidade de desenvolver Covid longa

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Gustavo Alcântara/Metrópoles
Astrazeneca Jovem receber vacina contra a Covid-19
1 de 1 Astrazeneca Jovem receber vacina contra a Covid-19 - Foto: Gustavo Alcântara/Metrópoles

As pessoas que não tomaram todas as vacinas disponíveis contra a Covid-19 tiveram mais chances de ter Covid longa. A conclusão é de pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

A análise aponta que as chances de ter Covid longa aumentam 23% quando os indivíduos não tomaram todas as doses do imunizante disponíveis para o seu grupo etário. Entre os que tomaram uma ou duas doses, a probabilidade de desenvolvimento de quadros persistentes foi 8% maior.

Além disso, o levantamento mostrou que três de cada quatro pacientes tiveram sintomas por mais de três meses, o que caracteriza um quadro de Covid longa. Os sintomas mais comuns foram fadiga, confusão mental, baixa capacidade respiratória e problemas cardíacos de médio ou longo prazo após a infecção viral.

Como foi feita a pesquisa?

A pesquisa foi realizada com 1.001 adultos da Região Sul, eles preencheram um formulário on-line em junho de 2022. Só foram considerados dados de voluntários que tinham testado positivo para a Covid quando preencheram os questionários. Cerca de 77% dos respondentes relataram sintomas de Covid longa.

A pesquisa também indicou outros fatores de risco para desenvolver o quadro de Covid persistente. Ter doenças crônicas, por exemplo, aumentou o risco de Covid longa em 13% e de ser hospitalizado em 24%.

13 imagens
Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo
Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais
Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar
A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus
Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo
1 de 13

Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada

Freepik
2 de 13

Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo

Pixabay
3 de 13

Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais

iStock
4 de 13

Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar

Getty Images
5 de 13

A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus

Freepik
6 de 13

Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo

Metrópoles
7 de 13

Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma "segunda onda" dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo

Getty Images
8 de 13

Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia

Getty Images
9 de 13

Apesar de uma total recuperação da doença, estudos recentes da Universidade de Washington em Saint Louis, nos Estados Unidos, alertam que qualquer pessoa recuperada da Covid-19 pode sofrer complicações no ano seguinte à infecção, uma covid longa

Getty Images
10 de 13

Foram analisados os dados de 150 mil pessoas que tiveram Covid-19 para chegar às complicações mais comuns

Getty Images
11 de 13

O risco de ter um ataque cardíaco, por exemplo, é 63% maior para quem já teve a infecção. A chance de doença arterial coronariana sobe para 72%, e para infarto, 52%

Getty Images
12 de 13

Também chama a atenção dos cientistas o aumento da quantidade de pacientes com depressão e ansiedade

Getty Images
13 de 13

O estudo também registrou casos de Doença Arterial Coroniana, falência cardíaca, coágulos sanguíneos, batimentos irregulares e embolia pulmonar

Getty Images

Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?