“Não podemos perder o progresso que fizemos”, diz OMS sobre Covid-19
Em entrevista coletiva, a entidade lembra que é preciso manter cuidados e que toda a América Latina sofre mais um golpe com a alta em casos
atualizado
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Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (8/3), a Organização Mundial de Saúde (OMS) lembrou que o próximo dia 11 marcará um ano desde que o termo “pandemia” foi utilizado para descrever a situação da Covid-19 no mundo. Um ano depois, o planeta volta a lidar com uma alta nos casos e óbitos, e precisa entender como as variantes do coronavírus agem.
“Por que alguns países seguem as recomendações, e outros não? Sofremos muito, perdemos tantos. Não podemos perder o progresso que fizemos. Temos as ferramentas, mas precisamos usá-las com consistência e equidade. Não existem atalhos contra a Covid-19”, diz o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Michael Ryan, diretor de emergências da OMS, explica que o papel da entidade é ligar todos os alarmes, e os países, por sua vez, devem escutar. “Muitos ouviram, e agiram. Algumas nações precisam sentir o risco para agir, como se estivessem em cima de uma montanha esperando a água subir para fazer algo a respeito”, afirma.
Ryan conta ainda que, apesar de a OMS receber muitas perguntas sobre a situação do Brasil, outros países da América Latina estão na mesma situação, e devem refletir e aprender sobre o que foi feito de correto e o que deve melhorar no futuro para proteger o sistema de saúde.
Os diretores voltaram a pedir que a população reforce os cuidados não-farmacológicos para evitar a transmissão do coronavírus, como usar máscara, higienizar as mãos e manter o distanciamento social.