“Não dá para começar liberação com curva em franca ascendência”, diz Teich
Ministro da Saúde admitiu que o Brasil pode vir a registrar cerca de 1 mil mortos por dia
atualizado
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Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (30/04), o ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou que o aumento no número de mortes é muito triste, e a política não vai mudar, porque “não dá para você começar uma liberação quando você tem uma curva em franca ascendência”, afirmou Teich.
O ministro admitiu que o Brasil pode vir a registrar cerca de 1 mil mortos por dia e mudou o discurso sobre os planos de flexibilizar o isolamento social defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“O distanciamento social permanece como orientação, e vamos estar avaliando cada estado e município, como está evoluindo a curva, os recursos que cada um tem para combater a pandemia”, diz o ministro.
As diretrizes para ajudar os estados e municípios a sair do isolamento estão prontas, segundo o ministro, mas ainda está sendo estudada a maneira de divulgá-las. “Neste momento, ninguém está pensando em flexibilizar nada. Só estamos discutindo as diretrizes que podem ser usadas em algum momento no futuro, quando se tenha a segurança necessária para isso. Se liberarmos e, de alguma forma, puder soar como uma orientação de relaxamento, seria muito ruim”, explica Teich.
Ele diz ainda que este assunto não deve ser polarizado politicamente, e lembra que é um trabalho feito pelo país inteiro. “Os lugares que estão flexibilizando o isolamento não o estão fazendo de forma irresponsável, temos planejamento”, explica. “A nossa prioridade absoluta é ajudar os estados e municípios a ter a estrutura para tratar as pessoas.”