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Mutações tornaram varíola dos macacos mais contagiosa, diz estudo

Estudo feito na Universidade Livre de Berlim analisou amostras do genoma do vírus de 47 homens infectados na Alemanha

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varíola dos macacos
1 de 1 varíola dos macacos - Foto: Bymuratdeniz/Getty

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, mostra evidências de que o vírus causador da varíola dos macacos sofreu mutações que deram vantagens de adaptação ao patógeno durante o atual surto global.

Até maio deste ano, a varíola dos macacos era considerada uma doença endêmica, com casos restritos a países de uma parte da África. Desde então, mais de 18 mil casos foram notificados em 78 países, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizados na quarta-feira (27/7).

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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração
Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC),  "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"
Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história
Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem
O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias
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Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano

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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração

Lucas Ninno/ Getty Images
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Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"

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Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história

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Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem

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O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias

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Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação

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Apesar de relativamente rara e transmissível, os especialistas europeus afirmam que o risco de um grande surto é baixo

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Na nova pesquisa, o grupo de cientistas liderado pelo geneticista Terry Jones, do hospital Charité, vinculado à universidade alemã, analisou o genoma do vírus a partir de amostras coletadas de 47 homens com idade entre 23 e 58 anos.

As amostras foram comparadas com outros sequenciamentos feitos durante o atual surto e com genomas anteriores da varíola dos macacos. Foram encontrados genes duplicados ou deletados no material genético de um dos pacientes, além de seis genes com mutações que alteram estruturas de proteínas.

De acordo com os pesquisadores, a variabilidade na composição do gene dos ortopoxvírus está bem estabelecida. A plasticidade do genoma é especialmente pronunciada em duas regiões de repetição terminal invertida (ITR) nos terminais do genoma, contendo fatores que afetam a virulência, o que pode explicar a rápida disseminação da doença nos últimos meses.

“A modificação dessas regiões é considerada um mecanismo primário de adaptação rápida do ortopoxvírus após troca de hospedeiros, inclusive em casos humanos de MPXV na África central”, afirmam.

O resultado da pesquisa foi divulgado na segunda-feira (25/7), no portal bioRxiv, e ainda está em versão preliminar.

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