Mutações genéticas podem explicar a anorexia, afirmam cientistas
Pesquisadores da King’s College, em Londres, encontraram alterações no DNA de pacientes que sofrem do transtorno alimentar
atualizado
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Um estudo da King’s College, em Londres, Inglaterra, revelou que as origens da anorexia podem estar inscritas no DNA. Segundo a pesquisa, o código genético de algumas pessoas contém mutações que dá ao corpo delas maior capacidade para suportar a privação de alimentos, pois os genes alteram a forma como elas processam gorduras e açúcares.
A anorexia é uma doença que pode levar à morte, na qual as pessoas buscam perder peso comendo pouco e, às vezes, se exercitando excessivamente. Frequentemente, quem tem anorexia possui uma imagem distorcida de si mesmo, sentindo-se gordo, mesmo estando consideravelmente abaixo do peso.
Foram analisados dados de 16.992 pessoas com anorexia e 55.525 indivíduos sem a doença, em 17 países. Os cientistas rastrearam o DNA buscando alterações genéticas comuns aos pacientes com anorexia. Publicada na revista Nature Genetics, o trabalho encontrou mutações coincidentes ligadas ao metabolismo do corpo e também ao desenvolvimento de alguns transtornos psiquiátricos, como transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade e esquizofrenia.
Segundo os cientistas, quando a maioria das pessoas emagrece, o corpo age para reverter o processo, estimulando o apetite por meio de um mecanismo próprio. No entanto, isso não acontece com as que tem anorexia. Os pesquisadores agora defendem que a doença seja classificada como um “distúrbio metabopsiquiátrico”, pois há raízes na mente e no corpo. (Com informações da BBC Brasil)