Mutação do coronavírus não deve prejudicar resposta de vacinas, diz estudo
Pesquisa australiana comparou a resposta da imunização ao vírus com e sem mutações na proteína Spike, que faz ligações com células humanas
atualizado
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Pesquisadores do Centro Australiano de Preparação para Doenças descobriram que a mutação do novo coronavírus detectada na proteína Spike (S) – responsável pela ligação do vírus com as células humanas – não interfere no bom desempenho de vacinas, que têm como alvo justamente esta proteína.
Estudos recentes de sequenciamento genético mostraram que o Sars-Cov-2 passou por várias mutações desde o início da pandemia da Covid-19. Uma delas foi a chamada D614D, que codifica mais proteínas Spike, facilitando a ligação com as células humanas.
Ela também está associada ao aumento da carga viral, da letalidade, da transmissibilidade e da transferência do código genético para as células.
No estudo feito no laboratório australiano, publicado nessa quinta-feira (8/10) na prestigiada revista científica Nature, os pesquisadores compararam a resposta de vírus com e sem a mutação às vacinas e os resultados foram muito parecidos. Nos dois casos os imunizantes conseguiram produzir anticorpos neutralizantes contra a Covid-19.