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Mutação britânica do coronavírus deve ser predominante nos EUA até março

Pesquisa preliminar mostrou que a taxa de crescimento da variação é de 35% a 45% no país. Número duplica a cada semana e meia

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Representação de coronavírus em fundo cinza
1 de 1 Representação de coronavírus em fundo cinza - Foto: Andriy Onufriyenko/GettyImages

A linhagem do coronavírus B.1.1.7, identificada primeiro no Reino Unido, pode ser a mutação predominante nos Estados Unidos até março de 2021. A conclusão é de um estudo feito pela Universidade de Arizona, Universidade da Califórnia e outros institutos. De acordo com o trabalho, que ainda está em fase de pré-print, a variante cresceu de 35% a 45%, com taxas de duplicação a cada semana e meia.

Os pesquisadores analisaram cerca de 500 mil amostras de pacientes que testaram positivo para Sars-CoV-2 e sequenciaram 460. Destas, 209 (45%) eram contaminações pela mutação B.1.1.7. As pessoas infectadas pela variante britânica viviam em dez estados norte-americanos diferentes. Três sequenciamentos identificaram a linhagem B.1.1.7 em amostras da Califórnia.

Na última semana de janeiro deste ano, a proporção da variante britânica entre a população norte-americana era de 2,1%. A mutação seria responsável por quase 2% dos casos na Califórnia e 4,5% dos infectados na Flórida.

De acordo com o estudo, a variante B.1.1.7 entrou nos Estados Unidos por múltiplos estados em novembro de 2020. A estimativa dos pesquisadores é que o vírus já esteja em transmissão comunitária em 30 estados, igualando o país a outras nações em que a mutação se tornou dominante, como Portugal e Irlanda.

Para os pesquisadores, é preciso que os Estados Unidos tomem providências imediatas para conter a transmissão da variante. Isso porque, de acordo com o trabalho, a previsão é que a linhagem B.1.1.7 torne-se a principal nos EUA até março deste ano.

A falta de um programa nacional de vigilância genômica é um dos entraves para detectar com maior precisão onde e como a mutação está se espalhando pelos estados norte-americanos. “Como os laboratórios nos EUA estão sequenciando apenas um pequeno subconjunto de amostras do Sars-CoV-2, a verdadeira diversidade do Sars-CoV-2 neste país ainda é desconhecida”, reforçaram os pesquisadores.

“A menos que medidas decisivas e imediatas de saúde pública sejam tomadas, o aumento da taxa de transmissão dessas linhagens provavelmente terá consequências devastadoras para a mortalidade e morbidade da Covid-19 nos EUA em poucos meses”, concluem os pesquisadores.

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