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Ouvir a música preferida é capaz de reduzir dor física, afirma estudo

Pesquisa canadense reuniu 63 voluntários para escutar três tipos de músicas e observou que as canções conseguem reduzir a dor física

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Foto colorida de mulher escutando música com mão em fone de ouvido - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de mulher escutando música com mão em fone de ouvido - Metrópoles - Foto: Getty Images

Músicas são capazes de mexer com os sentimentos: as canções podem animar ou entristecer, por exemplo. Segundo uma pesquisa canadense publicada na revista Frontiers in Pain Research na última quarta-feira (25/10), as melodias também podem reduzir a sensação de dores físicas.

“Descobrimos que o prazer musical funciona como redutor da dor, e que diferentes categorias de música favorita podem envolver os caminhos emocionais em diferentes graus”, destacam os pesquisadores no estudo.

A pesquisa convidou 63 jovens a trazer duas de suas músicas favoritas. O único requisito era que a canção tivesse pelo menos 3 minutos e 20 segundos de duração. Os voluntários escolheram uma música que consideraram trilha sonora de suas vidas e uma opção de batida suave que levariam para uma ilha deserta.

Os pesquisadores também pediram aos jovens que selecionassem uma de sete canções que a equipe de cientistas considerava relaxante, mas que não eram familiares aos participantes do estudo.

Cada voluntário participou de blocos de sete minutos com diferentes experiências. Eles ouviram sua música favorita, uma das sete opções relaxantes e uma versão remixada que juntava as duas com a batida suave que levariam para uma ilha.

O remix era uma combinação confusa das três canções, cortadas em pedaços e embaralhadas aleatoriamente, perdendo sua estrutura original. Durante o período de escuta, as pessoas ficaram em silêncio. Enquanto isso, os pesquisadores encostaram um objeto aquecido no antebraço esquerdo dos participantes para emular a sensação de tocar em algo quente. A ação foi feita para avaliar a resposta à dor.

Remix musical funciona?

As avaliações de menor dor ocorreram diante da reprodução das músicas favoritas de cada um. O remix, por exemplo, não surtiu efeito — os autores sugerem que esta é uma evidência de que a canção preferida era mais do que uma distração para a experiência desagradável.

Os pesquisadores observaram que a dor era menor ainda quando os voluntários escutavam músicas com batidas suaves e comoventes que conheciam, quando comparadas aos temas calmantes ou mixados fornecidos pelos cientistas.

“É um resultado muito interessante. Acredito ser algo que eu e provavelmente muitas pessoas percebemos intuitivamente, uma vez que ouvimos músicas suaves, melancólicas ou mesmo espirituais em momentos de sofrimento”, analisa o principal autor do estudo, Darius Valevicius, em comunicado à CNN Internacional.

Os pesquisadores observaram que a canção atua em múltiplas regiões cerebrais envolvidas na dor, na memória e no processamento de estados emocionais subjetivos. A conexão estaria por trás do efeito redutor de incômodos.

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