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Estudo mostra que musculação melhora depressão e ansiedade em idosos

Levantamento brasileiro mostra que, para idosos, treino curto, com equipamentos de musculação, é o mais eficaz para lidar com saúde mental

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Ilustração mostra homem de cabelos brancos tocando a cabeça, e um balão de fala com uma linha emaranhada - Metrópoles
1 de 1 Ilustração mostra homem de cabelos brancos tocando a cabeça, e um balão de fala com uma linha emaranhada - Metrópoles - Foto: GettyImages

Uma das principais consequências do envelhecimento é a perda de massa muscular. Com ela, o idoso acaba perdendo força, que está ligada à autonomia do indivíduo — sem ela, a pessoa fica mais vulnerável a quedas, lesões e fraturas. Por isso, a prática de musculação é tradicionalmente recomendada para idosos. Porém, uma pesquisa brasileira mostra que o exercício também é benéfico para a saúde mental.

A revisão de 200 estudos feita pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (Iiepae) mostra que a musculação é eficaz para melhorar os sintomas de depressão e ansiedade em idosos. O levantamento foi publicado na edição de março da revista científica Psychiatry Research.

“Estudos epidemiológicos têm revelado que a redução da força e da massa muscular, eventos naturais associados ao envelhecimento, pode estar associada ao aumento de problemas de saúde mental, visto que existem diversos mecanismos fisiológicos que provocam mudanças funcionais e estruturais e que são comandados pelo cérebro”, aponta o pós-doutorando Paolo Cunha, que está à frente da pesquisa, em entrevista à Agência Fapesp.

Além do exercício em si, o pesquisador afirma que, quando realizada em grupo, a musculação permite maior interação social, evitando o isolamento típico de pacientes com depressão e ansiedade.

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Lapsos de memória: se a pessoa começa a perceber que a memória está falhando no dia a dia com coisas muito simples é provável que esteja passando por um episódio de esgotamento mental

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Alteração no apetite: na alimentação, a pessoa que come muito mais do que deve usa a comida como válvula de escape para aliviar a ansiedade. Já outras, perdem completamente o apetite

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Autoestima baixa: outro sinal de alerta é a sensação de incapacidade, impotência e fragilidade. Nesse caso, é comum a pessoa se sentir menos importante e achar que ninguém se importa com ela

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Desleixo com a higiene: uma das características da depressão é a perda da vontade de cuidar de si mesmo. A pessoa costuma estar com a higiene corporal comprometida e perde a vaidade

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Sentimento contínuo de tristeza: ao contrário da tristeza, a depressão é um fenômeno interno, que não precisa de um acontecimento. A pessoa fica apática e não sente vontade de fazer nada

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Para receber diagnóstico e iniciar o tratamento adequado, é muito importante consultar um psiquiatra ou psicólogo. Assim que você perceber que não se sente tão bem como antes, procure um profissional para ajudá-lo a encontrar as causas para o seu desconforto

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Para idosos, treino curto mas bem feito

O levantamento de Cunha mostra que a atividade física deve ser feita três vezes por semana, com três séries em sessões curtas, de seis exercícios. Também parece ser mais benéfico usar equipamentos de musculação do que faixas elásticas ou peso do próprio corpo — além de permitir o controle da intensidade e volume da atividade, o exercício teve impactos maiores na saúde mental.

“Faça menos, mas faça bem-feito: uma série curta traz mais resultados. Essas informações são bastante relevantes, uma vez que ainda não existe uma diretriz com recomendações específicas de treino resistido com foco em parâmetros de saúde mental”, explica o pesquisador.

Imagem colorida: idoso levanta peso de musculação na academia - Metrópoles
A musculação é essencial para melhorar os sintomas de depressão e ansiedade de em idosos, de acordo com estudo brasileiro

Apesar dos resultados, os brasileiros apontam que ainda existem lacunas no entendimento dos benefícios da musculação na saúde mental e como a atividade funciona exatamente. A maioria dos estudos analisados foi realizada com poucos voluntários. “Essa é uma área de pesquisa que vem ganhando espaço nos últimos anos e que tem muito a avançar ainda”, afirma Cunha.

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