Murchar a barriga tem consequências ruins para o corpo. Entenda
O ato contínuo de prender a barriga pode levar a pessoa a desenvolver uma condição chamada “síndrome da ampulheta”
atualizado
Compartilhar notícia
Atire a primeira pedra quem nunca murchou a barriga imediatamente na hora que recebeu o convite: “Vamos fazer uma foto?”. O truque tem zero consequências se não virar uma rotina para além do momento do retrato. Passar o dia, os meses e os anos murchando a barriga, no entanto, causa prejuízos ao corpo.
O ato contínuo de prender a barriga pode levar a pessoa a desenvolver uma condição chamada “síndrome da ampulheta”, quando os músculos superiores da barriga ficam hiper tensionados, enquanto os músculos da parte debaixo tornam-se fracos por serem subutilizados. O problema também pode ser causado pelo uso frequente de calças jeans apertadas. Por questões culturais, a condição é mais comum em mulheres jovens e cisgêneros.
“O hábito de murchar a barriga sobrecarrega a musculatura superior e enfraquece a musculatura da região inferior do abdômen. Isso pode levar a dores nas costas, problemas na respiração e até escape urinário“, explica a fisioterapeuta Priscila Pschiski, da Clínica Pelvic Funcional, em Brasília.
A mania, se incorporada à rotina, também pode provocar problemas respiratórios. Ao encolher o estômago, você força o diafragma para cima deixando menos espaço para que o pulmão se expanda durante a respiração. O pescoço, os ombros e as costas também ficam tensionados pelo movimento de sugar a barriga para dentro.
Por fim, o assoalho pélvico também é prejudicado. A flacidez da musculatura inferior do abdômen atrapalha a ativação correta da região pélvica, o que pode levar à incontinência urinária. “O jeito certo de ativar a musculatura é debaixo para cima, sem sobrecarga na parte de cima”, explica a fisioterapeuta.
Como corrigir o mau costume?
Os conselhos para quebrar o costume de murchar a barriga são:
1) tomar consciência quando você murcha a barriga para começar a se vigiar;
2) aprender a respirar pelo diafragma e praticar essa respiração;
3) com a ajuda de um fisioterapeuta, aprender a ativar a musculatura da parte inferior do abdômen.