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Pela primeira vez, mundo ultrapassa 1 milhão de casos de Covid em 24h

Plataforma Our World in a Data anotou 1,4 milhão de novos casos de Covid-19 na segunda (27/12). Recorde é impulsionado pela Ômicron

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Ilustração colorida sobre a mutação Ômicron da Covid-19
1 de 1 Ilustração colorida sobre a mutação Ômicron da Covid-19 - Foto: Andriy Onufriyenko/ Getty Images

Pela primeira vez, foram registrados no mundo mais de um milhão de casos de Covid-19 em um único dia. Em 27 de dezembro, a plataforma “Our World in Data”, associada à Universidade de Oxford, anotou o recorde de 1,4 milhão de casos em 24 horas.

Em 7 de janeiro deste ano, o mundo alcançou a marca de quase 900 mil infectados em um dia e, três meses depois, os números já tinham sido ultrapassados três vezes. O recorde anterior ao atual foi estabelecido em 23 de dezembro, quando 983,3 mil casos de Covid-19 foram registrados em um único dia.

  • 7 de janeiro de 2021: 892,8 mil
  • 22 de abril de 2021: 902,6 mil
  • 23 de abril de 2021: 904,4 mil
  • 28 de abril de 2021: 905,8 mil
  • 23 de dezembro de 2021: 983,3 mil
  • 27 de dezembro de 2021: 1,4 milhão

A variante Ômicron, identificada em novembro na África e já em circulação global, impulsiona o novo pico de casos. Apesar de ser menos letal que as outras versões do vírus, a Ômicron vem se espalhando de maneira muito rápida.

Neste novo momento da pandemia, os Estados Unidos lideram o crescimento de casos, foram 512.553 diagnósticos na segunda-feira (27/12), cerca de 37% do total. Em seguida, veio o Reino Unido, com 318.699 casos (equivalente a 23%) e a Espanha – com cerca de 15% do total. Os três países se destacam pela quantidade de testes realizados na população.

Países reforçam medidas

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), um dos principais órgãos de saúde dos Estados Unidos, atualizou na segunda-feira, as regras em relação ao isolamento e à testagem dos casos de Covid-19. O tempo recomendado de isolamento passou de 10 para 5 dias, seguido do uso constante de máscaras por mais 5 dias quando o paciente estiver em contato com outras pessoas.

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento

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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido

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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas

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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo

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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus

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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível

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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano

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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta

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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante

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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa

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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente

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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde

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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas

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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados

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A chegada da Ômicron levou países como Alemanha, França, Reino Unido e Estados Unidos a anunciaram novas diretrizes para a circulação de pessoas. Na Alemanha, os encontros podem ocorrer com, no máximo, a reunião de 10 pessoas vacinadas ou recuperadas do coronavírus. Além disso, eventos culturais e esportivos só estão permitidos sem a presença de público.

Na França, a circulação em certos tipos de estabelecimentos é condicionada ao passaporte de vacinação e o governo recomenda a adoção de trabalho remoto em pelo dois dias da semana. Espanha, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte estabeleceram novos limites de pessoas para encontros públicos e restringiram o horário de funcionamento de bares. Na Inglaterra, o governo aguarda mais evidências sobre a capacidade do serviço de saúde em lidar com as altas taxas de infecção.

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