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Multivitamínicos não aumentam a expectativa de vida, diz estudo

Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos não achou diferença no risco de morte entre quem usava ou não os multivitaminicos

atualizado

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Foto mostra frasco branco de onde saem pílulas coloridas e cápsulas de multivitamínicos em um fundo rosa pastel
1 de 1 Foto mostra frasco branco de onde saem pílulas coloridas e cápsulas de multivitamínicos em um fundo rosa pastel - Foto: Getty images

Sucesso de vendas e com versões para todas as idades e gêneros, os multivitamínicos prometem dar mais saúde e vitalidade aos seus usuários. Uma pesquisa recente, porém, indicou que a garantia pode ser vazia.

Um estudo feito por médicos do Instituto Nacional de Saúde (NIH, em inglês) dos EUA indicou que o uso frequente dos suplementos não apresenta vantagens para a saúde de modo geral.

A pesquisa publicada na JAMA Network nesta quarta (26/6) indica que embora alguns estudos indiquem vantagens para pontos específicos, os testes não apontaram benefícios para prolongar a vida ou mesmo a qualidade de vida de pessoas que usaram os multivitamínicos por muitos anos.

A investigação foi feita com base na revisão de dados de saúde de mais de 390 mil adultos nos Estados Unidos que tinham participado de três pesquisas anteriores do NIH. Todos foram acompanhados ao longo de ao menos 24 anos.

Eles foram divididos em dois grupos em relação ao uso de suplementos de vitaminas: o que não usava multivitamínicos, com 178 mil pessoas, e o que usava os compostos com regularidade, com 161 mil pessoas. Pacientes que tinham históricos de saúde com problemas graves, como cânceres e acidentes vasculares cerebrais (AVC), prévios ao estudo foram excluídos.

Caixas com vitaminas
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Uso de multivitamínicos pode até ter aumentado a mortalidade

Ao comparar os dados de saúde dos participantes que tomavam multivitamínicos e de quem não fazia o uso, os médicos descobriram que o risco de morte precoce foi até 4% maior entre quem usava os suplementos nutricionais.

Nas causas de morte por doenças cardíacas, a mortalidade proporcional foi de 4 a 6% maior entre quem usava vitaminas. Os casos de acidentes vasculares cerebrais (AVCs) também respeitaram a mesma proporção. Apenas as mortes por câncer foram proporcionalmente 2% menos frequentes entre os usuários dos compostos.

Os números, porém, foram considerados irrelevantes dadas as múltiplas variáveis possíveis de saúde entre os voluntários, mas servem como alerta para os riscos de suplementar vitaminas sem necessidade. Em excesso, elas podem levar a intoxicações graves no organismo que são potencialmente fatais.

Os pesquisadores concluem que os multivitamínicos são, na melhor das hipóteses, irrelevantes para a manutenção da saúde. Segundo os dados da pesquisa, os utilizadores de multivitamínicos tendiam a seguir dietas de melhor qualidade e tinham índices de massa corporal (IMC) mais baixos que os demais.

Aliado a um maior poder econômico, o uso das vitaminas deveria ter feito os resultados de saúde dos usuários muito mais positivos do que foi observado.

No entanto, os autores da pesquisa apontam como um dos pontos fracos do estudo a chance de que os participantes já tinham doenças prévias que os fizeram recorrer aos multivitamínicos em primeiro lugar. Além disso, a variedade de produtos utilizados pelos voluntários também pode ter comprometido as comparações.

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