Multinacional inicia testes globais para lançar vacina anti-HIV
Imunização contra o vírus da aids será testada em 3,8 mil voluntários de oito países, entre eles está o Brasil
atualizado
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A Johnson & Johnson se prepara para lançar o estudo Mosaico, primeiro em grande escala sobre a eficácia de uma vacina contra o HIV. A investigação será feita em parceria com diversas instituições de saúde ao redor do mundo.
Sob a responsabilidade do braço farmacológico da gigante mundial, a vacina está sendo desenvolvida para prevenir o contágio, a partir de uma ampla variedade de cepas virais responsáveis pelas infecções por HIV. “Nossa ambição é desenvolver uma vacina preventiva que possa ser utilizada de forma eficaz em qualquer lugar do mundo, para fortalecer o combate à epidemia de HIV e, enfim, derrotá-la”, esclarece Dr. Paul Stoffels, vice-presidente do Comitê Executivo e diretor científico da Johnson & Johnson.
O estudo será conduzido em aproximadamente 55 centros clínicos em oito países, inclusive no Brasil, contando com a participação de cerca de 3.800 indivíduos. O objetivo é avaliar a eficácia da vacina em grupos de homens que fazem sexo com outros homens e de pessoas transgênero. “A busca por uma vacina começou no momento em que o HIV foi inicialmente identificado, há mais de 35 anos, mas houve muitos desafios ao longo do caminho, devido às particularidades únicas desse vírus, incluindo sua diversidade genética global”, relata o dr. Johan Van Hoof, um dos coordenadores da pesquisa.
Este será o segundo – e o maior – estudo de eficácia para a vacina de HIV em investigação. O primeiro, conhecido como IMBOKODO, é um estudo clínico que avalia atualmente a eficácia da vacina em 2.600 mulheres de 18 a 35 anos em cinco países do sul da África. Os resultados iniciais do IMBOKODO e do Mosaico são esperados no final de 2021 e em 2023, respectivamente. A vacina preventiva contra o HIV, a ser avaliada no Mosaico, é administrada em quatro doses no período de um ano.