Mulheres ganham mais anos de vida com exercício que homens, diz estudo
Pesquisa indica que tanto homens como mulheres obtêm benefícios cardíacos de fazer exercícios, mas elas precisam se esforçar menos
atualizado
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Apesar de serem menos frequentes na academia, as mulheres não precisam de tanto esforço quanto os homens para serem beneficiadas pelos exercícios. É o que indica uma pesquisa publicada nesta terça-feira (20/2) na revista científica Journal of the American College of Cardiology (JACC). Segundo o levantamento, elas ganham mais anos de vida que eles ao manter a frequência nas atividades físicas moderadas.
“A beleza deste estudo é aprender que as mulheres podem tirar mais proveito de cada minuto de atividade moderada a vigorosa do que os homens”, resume a cardiologista Martha Gulati, a principal autora do estudo e diretora de cardiologia do Smidt Heart Institute em Cedars-Sinai, nos Estados Unidos, em comunicado à imprensa.
Os investigadores analisaram informações de prontuários de 412 mil adultos norte-americanos com idade média de 50 anos presentes na base de dados do National Health Interview Survey entre 1997 e 2019.
Os cientistas usaram os materiais sobre hábitos de atividade física e os cruzaram com informações sobre mortes e a frequência de doenças como diabetes e hipertensão. Os homens se exercitavam mais que as mulheres (43% deles e 32% delas), mas também morriam mais.
O risco de mortalidade foi reduzido em 24% nas mulheres e 15% nos homens que praticavam exercícios ao serem comparados com os que não o faziam.
A prática de atividades físicas foi associada a uma chance menor de hipertensão em mulheres mas, curiosamente, a uma maior probabilidade em homens: os pesquisadores acreditam que muitas pessoas do sexo masculino só passam a se exercitar quando já foram diagnosticadas com alguma doença.
Mulheres precisam de menos esforço
A pesquisa se concentrou em atividades físicas aeróbicas moderadas e vigorosas, como caminhada rápida ou ciclismo, e descobriu que os homens atingiram seu benefício máximo cardíaco fazendo o exercício por cerca de cinco horas por semana, enquanto as mulheres precisaram se mover pouco menos de duas horas e meia semanalmente para perceber os mesmos efeitos.
Da mesma forma, quando analisadas as atividades de fortalecimento muscular, como levantamento de peso, os homens atingiram o ganho máximo fazendo três sessões por semana, enquanto as mulheres precisaram de cerca de uma sessão por semana.
Elas tiveram ganhos ainda maiores se praticassem além do mínimo. “As mulheres continuam a obter benefícios adicionais até cinco horas de exercício por semana, quando os dados atingem um platô”, conclui Martha.
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