metropoles.com

Mulheres têm 20% mais chance de morrer cinco anos após infarto

Pesquisa canadense descobriu que o organismo feminino seria mais propenso a problemas cardiovasculares a longo prazo mesmo após alta

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Giulia Bertelli/Unsplash
mulher mão no coração infarto ataque do coração
1 de 1 mulher mão no coração infarto ataque do coração - Foto: Giulia Bertelli/Unsplash

Um estudo feito com 45.064 pacientes no Canadá revelou que mulheres estão mais propensas a morrer cinco anos após sofrer um infarto. A maior taxa de mortalidade no período é 20% mais alta para elas do que para os homens, de acordo com os dados do trabalho. A pesquisa foi feita pela Universidade de Alberta e publicada na revista especializada Circulation.

A pesquisa baseou-se em participantes que precisaram ser hospitalizados após o primeiro ataque cardíaco. Os pacientes foram acompanhados por seis anos.

Os ataques cardíacos vêm em duas formas: uma com risco de vida, chamada infarto do miocárdio, com elevação do segmento ST, ou STEMI, e outra versão menos grave, chamada sem STEMI, que é mais comum. No trabalho, a equipe descobriu que o desenvolvimento de insuficiência cardíaca após um STEMI ou não STEMI é maior para as mulheres do que para os homens.

As mulheres do estudo apresentaram 9,4% mais probabilidade de morrer no hospital após um STEMI e 4,5% de falecer após um não STEMI. No caso dos homens, essas taxas foram de 4,7% e 2,9%, respectivamente. Após a alta, as mulheres representaram mais casos de insuficiência cardíaca após STEMI (22,5% das mulheres e 14,9% dos homens) bem como após não STEMI (23,2% em mulheres e 15,7% dos homens).

Os pesquisadores descobriram, ainda, que as mulheres recebiam tratamentos inferiores aos dos homens, com menos cirurgias, consultas especializadas e medicamentos, por exemplo. A amostra feminina era, em média, 10 anos mais velha que a dos homens (com idade média de 72, em comparação com 61). Por isso, elas apresentaram mais chances de ter doenças como fibrilação atrial, doença pulmonar obstrutiva crônica, diabetes e pressão alta, segundo os pesquisadores.

Apesar disso, apenas 72,8% das mulheres foram atendidas por especialistas cardiovasculares. Cerca de 84% dos homens receberam atendimento especializado.

Identificar quando e como as mulheres podem ter maior risco de insuficiência após um ataque cardíaco pode ajudar os provedores a desenvolver abordagens mais eficazes para a prevenção, segundo o cardiologista Justin Ezekowitz, autor do artigo.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?