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Mulheres têm câncer de pulmão mais agressivo. Veja 5 fatores de risco

Casos de câncer de pulmão atingem mulheres de forma mais precoce e mais intensa do que em homens

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Foto de mulher jovem de perfil fumando vape anvisa consulta pública - Metrópoles
1 de 1 Foto de mulher jovem de perfil fumando vape anvisa consulta pública - Metrópoles - Foto: Getty Images

Cidade do Panamá –  Os casos de câncer de pulmão em mulheres estão aumentando em todo o mundo. Atualmente, cerca de 9% das pacientes oncológicas têm câncer de pulmão e ele pode estar próximo de ultrapassar o câncer de colo de útero e assumir o lugar de segundo câncer mais frequentes entre mulheres.

Os especialistas observam que não apenas a incidência está crescendo entre as mulheres, como os casos também parecem ser mais graves. Segundo a oncologista Rosario García Campelo, diretora de oncologia do Hospital Unviersitario de La Coruña, na Espanha, mulheres que têm comportamentos de risco tendem a ter casos mais graves de câncer.

“Mais de 90% dos casos de câncer de pulmão são relacionados aos comportamentos dos pacientes. Se eles fossem eliminados, o câncer de pulmão seria raríssimo. Mas observamos que os comportamentos não só levam ao câncer, mas, no caso das mulheres, também provocam casos mais graves e aparecem de forma mais precoce. Eles, em geral, só sentirão estes impactos na terceira idade e para mulheres eles aparecem antes dos 60″, explica a médica no seminário Cada Minuto Cuenta, realizado no Panamá entre 3 e 5 de outubro.

A oncologista ressalta que muitas mulheres não sabem quais são os fatores de risco de um câncer de pulmão, tampouco são conscientes de que podem ser atingidas pela doença. “Há uma preocupação, claro, muito justificada com o câncer de mama e os cânceres ginecológicos, mas muitas mulheres nem imaginam em incluir cuidados com o pulmão em seus check-ups”, conta.

A médica aponta cinco fatores de risco para a incidência do câncer de pulmão em mulheres:

1 – Fumar cigarros

O tabagismo é o maior fator de risco de câncer de pulmão, em todas as faixas etárias e em ambos os gêneros.

“O cigarro é uma emergência sanitária há muitos anos e estávamos mais perto de nos livrarmos deste problema, mas o cenário se complicou na última década, há cerca de 10% de fumantes que não parece interessado em abandonar este hábito e, na verdade, em países desenvolvidos o que estamos observando é um aumento do número de fumantes”, aponta a médica.

2 – Usar vape

“Os vapes estão por todas as partes e tem um apelo muito grande junto aos jovens. Não sabemos ainda quais são os efeitos dele a longo na saúde do pulmão, mas certamente eles são prejudiciais e inflamatórios”, afirma Rosario.

3 – Ter contraído Covid

Imagem representativa da variante EG.5 do coronavírus - Metrópoles
Covid aumenta a quantidade de inflamações do pulmão e está ligada a casos de doenças mais agressivas

As infecções respiratórias aumentam as chances de inflamações no órgão que, futuramente, podem contribuir para a formação de cânceres. Devido à poluição das grandes metrópoles, as infecções respiratórias são mais frequentes. Também há uma tendência de que sejam mais comuns em pandemias virais, como foi o caso da Covid.

4 – Excesso de álcool

O abuso de álcool está vinculado a um aumento nas chances de desenvolver o câncer de pulmão. A bebida inflama o organismo e facilita a replicação irregular de células, que é a origem dos cânceres.

5 – Estar obeso

A obesidade é fator de risco para o aparecimento de vários tipos de câncer, não sendo diferente com o de pulmão.

A médica aponta que a forma que essa relação se dá no câncer de pulmão é complexa e ainda não foi completamente entendida pela medicina. Segundo ela, porém, os estudos mais recentes chegaram a apontar que, em mulheres, a obesidade é um fator de risco ainda mais determinante que para os homens.

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No fim do século 20, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis no mundo
O tabagismo é a principal causa. Cerca de 85% dos casos diagnosticados estão associados ao consumo de derivados de tabaco
A mortalidade entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, enquanto entre ex-fumantes é cerca de quatro vezes maior
A exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e história familiar de câncer de pulmão também favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer
Outros fatores de risco são: exposição ocupacional a agentes químicos ou físicos, água potável contendo arsênico, altas doses de suplementos de betacaroteno em fumantes e ex-fumantes
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O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 13% de todos os casos novos são nos órgãos

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No fim do século 20, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis no mundo

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O tabagismo é a principal causa. Cerca de 85% dos casos diagnosticados estão associados ao consumo de derivados de tabaco

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A mortalidade entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, enquanto entre ex-fumantes é cerca de quatro vezes maior

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A exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e história familiar de câncer de pulmão também favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer

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Outros fatores de risco são: exposição ocupacional a agentes químicos ou físicos, água potável contendo arsênico, altas doses de suplementos de betacaroteno em fumantes e ex-fumantes

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Os sintomas geralmente não ocorrem até que o câncer esteja avançado. Porém, pessoas no estágio inicial da doença já podem apresentar tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, pneumonia recorrente, cansaço extremo, rouquidão persistente, piora da falta de ar, diminuição do apetite e dificuldade em engolir

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O diagnóstico do câncer no pulmão é feito com a avaliação dos sinais e sintomas apresentados, o histórico de saúde familiar e o resultado de exames específicos, como a radiografia do tórax, tomografia computadorizada e biópsia do tecido pulmonar

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Para aqueles com doença localizada no pulmão e nos linfonodos, o tratamento é feito com radioterapia e quimioterapia ao mesmo tempo

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Em pacientes que apresentam metástases a distância, o tratamento é com quimioterapia ou, em casos selecionados, com medicação baseada em terapia-alvo

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A cirurgia, quando possível, consiste na retirada do tumor com uma margem de segurança, além da remoção dos linfonodos próximos ao pulmão e localizados no mediastino. É o tratamento de escolha por proporcionar melhores resultados e controle da doença

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O repórter Bruno Bucis viajou à convite da Pfizer.

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