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Mulher perde 35 quilos com chip no cérebro que inibe desejo de comer

Robyn Baldwin foi voluntária em um estudo da Universidade da Pensilvânia. O chip emite eletricidade para interromper desejo de comer

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Robyn Baldwin/ Arquivo pessoal
Imagem colorida: mulher em pé em um carco com uma das mãos no bolso - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida: mulher em pé em um carco com uma das mãos no bolso - Metrópoles - Foto: Robyn Baldwin/ Arquivo pessoal

A americana Robyn Baldwin, 58 anos, lutou por décadas contra a balança. Em 2020, ela se inscreveu em um estudo piloto para implantar um chip de estimulação cerebral profunda para controlar seu desejo compulsivo de comer.

Em pouco mais de dois anos, ela perdeu 35 quilos e continua a emagrecer. “Nunca serei uma daquelas pessoas que dizem ‘eu amo couve’ porque isso não vai acontecer, mas definitivamente mudou a maneira como lido com a comida agora”, observa.

O estudo da Escola de Medicina Perelman, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, foi publicado em agosto deste ano na revista Nature.

Tentativas anteriores

Em 2003, Robyn chegou a pesar 150 quilos e foi submetida a uma gastroplastia com derivação intestinal ou bypass gástrico, um tipo de cirurgia bariátrica que reduz o tamanho do estômago. O objetivo do procedimento é restringir a quantidade de alimentos que a pessoa consegue ingerir.

Como resultado, a americana perdeu aproximadamente 59 quilos e conseguiu manter o peso abaixo dos 100 quilos por sete anos, até que seu marido foi diagnosticado com um tumor cerebral. O estresse foi descontado em uma alimentação compulsiva, e Robyn recuperou todo o peso novamente.

“Eu comia o dia todo, mas nunca percebi que era uma comedora compulsiva. Adoro sorvete a ponto de comê-lo até ficar doente. Se fizermos uma grande tigela de espaguete, posso apenas sentar e comê-lo na panela”, conta Robyn, ao portal Today.com.

Conheça os riscos do uso abusivo de chás e remédios para emagrecer

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Alguns famosos medicamentos são comercializados legalmente e sem a necessidade da retenção de receita. No entanto, não significa que sejam seguros ou eficazes. Pessoas com comorbidades, como hipertensão, diabetes ou hepatite A, alergias ou que tomam outras medicações podem ter sérios problemas, mesmo com os emagrecedores mais “naturais”
Por isso, só devem ser consumidos quando há indicação médica. Entre os riscos do uso indiscriminado estão dependência química, efeito sanfona e alterações gastrointestinais, cardíacas e renais
A maioria desses remédios age em receptores cerebrais, reduzindo o apetite e aumentando a saciedade. Alguns também agem como diuréticos, auxiliando na eliminação de líquidos corporais
Especialistas alertam que, além de chás e ervas não funcionarem no emagrecimento, as substâncias podem ser tóxicas para o fígado e para os rins, que são os dois órgãos do corpo responsáveis pela metabolização e excreção de substâncias e medicamentos
Os diuréticos são medicamentos que causam aumento do volume de urina e perda urinária de eletrólitos como: potássio, sódio e magnésio, além de água. Quando consumidos em excesso causam desidratação, reduzem a pressão arterial e podem causar arritmias cardíacas
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A utilização de remédios, chás para emagrecer e diuréticos sem prescrição médica pode ocasionar efeitos colaterais e gerar consequências irreversíveis e, até mesmo, fatais

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Alguns famosos medicamentos são comercializados legalmente e sem a necessidade da retenção de receita. No entanto, não significa que sejam seguros ou eficazes. Pessoas com comorbidades, como hipertensão, diabetes ou hepatite A, alergias ou que tomam outras medicações podem ter sérios problemas, mesmo com os emagrecedores mais “naturais”

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Por isso, só devem ser consumidos quando há indicação médica. Entre os riscos do uso indiscriminado estão dependência química, efeito sanfona e alterações gastrointestinais, cardíacas e renais

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A maioria desses remédios age em receptores cerebrais, reduzindo o apetite e aumentando a saciedade. Alguns também agem como diuréticos, auxiliando na eliminação de líquidos corporais

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Especialistas alertam que, além de chás e ervas não funcionarem no emagrecimento, as substâncias podem ser tóxicas para o fígado e para os rins, que são os dois órgãos do corpo responsáveis pela metabolização e excreção de substâncias e medicamentos

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Os diuréticos são medicamentos que causam aumento do volume de urina e perda urinária de eletrólitos como: potássio, sódio e magnésio, além de água. Quando consumidos em excesso causam desidratação, reduzem a pressão arterial e podem causar arritmias cardíacas

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O consumo de alguns chás pode favorecer o alívio dos sintomas de ansiedade.

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Durante o processo de emagrecimento é preciso mudar o estilo de vida e os hábitos. Por isso, é importante ser orientado por especialistas de educação física, endocrinologistas e nutricionistas

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Controle do desejo alimentar

Cirurgias de perda de peso, como a bariátrica, não interferem no desejo que os pacientes têm em comer ou na compulsão alimentar. Embora tenham o tamanho do estômago reduzido, muitos ainda sofrem com os impulsos.

A equipe do pesquisador Casey Halpern, chefe de neurocirurgia estereotáxica e funcional da Escola de Medicina Perelman, estuda como o uso de um dispositivo de estimulação cerebral profunda pode ajudar essas pessoas.

O mesmo implante cerebral já é usado como opção para controlar os tremores de pacientes da doença de Parkinson e convulsões características da epilepsia.

“Acreditamos que esses pacientes não conseguem se controlar, e não é porque sejam fracos. É porque eles têm disfunção dos circuitos cerebrais envolvidos no autocontrole”, avalia Halpern.

Cirurgia inovadora

Para implantar o dispositivo, os pesquisadores fizeram uma abertura no crânio de Robyn e de outra voluntária e inseriram minúsculos fios no núcleo accumbens humano (Acc), um importante centro de circuitos de recompensas do cérebro.

Esses mesmos fios foram conectados a um chip implantado sob o couro cabeludo dentro do osso do crânio. Os pesquisadores explicam que ele responde a sinais de desejo do cérebro enviando um pouco de eletricidade para interrompê-lo. O objetivo é ajudar o paciente a recuperar o controle sobre as próprias refeições.

Robyn conta que permaneceu acordada durante todo o procedimento, enquanto deveria ver fotos de seus alimentos preferidos para que os médicos conseguissem detectar os sinais de resposta de seu cérebro. A lista enviada por ela incluía crème brulee, refeições de seu restaurante favorito e manteiga de amendoim.

Os médicos observaram que as células não foram ativadas quando a paciente olhou fotos de comidas que ela não considerava apetitosas. “Conseguimos realmente ativar células de desejo no núcleo accumbens humano e ouvir seu sinal enquanto a paciente olhava imagens de comida”, afirma o co-autor do estudo.

Vida nova

A ativação do dispositivo foi uma virada de chave na vida de Robyn, que passou a comer menos e sem sofrimento. Ela diz não pensar mais em comida o tempo todo e se contentar com apenas uma colher de sorvete.

Embora sinta o dispositivo implantado, ela não sente os choques elétricos emitidos para interromper o desejo compulsivo por comida. “Alguns dias eu posso dizer: ‘Ei, esqueci de almoçar hoje’, o que nunca fez parte do meu vocabulário antes”, afirma a americana.

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