Mulher morre de edema pulmonar provocado por fertilização in vitro
Jovem indiana de 23 anos morreu em razão da síndrome de hiperestimulação ovariana, quando corpo reage excessivamente ao tratamento hormonal
atualizado
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Uma jovem de 23 anos sofreu complicações pulmonares e morreu subitamente durante um procedimento de fertilização in vitro realizado em Nova Déhli, capital da Índia. A mulher estava aparentemente saudável até ser levada para realizar uma coleta de óvulos no hospital referência, segundo o jornal Daily Mail, que trouxe o caso à público.
A autópsia realizada pelos médicos mostrou que a paciente apresentou a síndrome de hiperestimulação ovariana (SHEO). O problema de saúde pode surgir como reação ao estímulo realizado com indutores de ovulação administrados pelos médicos e, pode levar a quadros graves e, em casos extremos, até à morte.
A síndrome decorre de uma resposta exacerbada dos ovários ao estímulo hormonal e resulta em um número grande de oócitos. A mortalidade da síndrome de hiperestimulação ovariana é baixa – cerca de três óbitos a cada 100 mil ciclos de reprodução assistida.
A jovem de Nova Déhli havia passado por um procedimento de estimulação ovariana 11 dias antes de comparecer ao hospital para a coleta de óvulos. Ela foi sedada e os médicos começaram a coletar óvulos usando uma agulha, como é, normalmente, feito neste tipo de procedimento.
No entanto, de repente, a pressão arterial, a frequência cardíaca e os níveis de oxigênio da paciente começaram a cair e os profissionais de saúde não conseguiram mais encontrar os batimentos cardíacos. Os médicos que realizaram a autópsia afirmaram que os ovários da paciente estavam cerca de três vezes maiores do que o normal.
De acordo com eles, ela morreu de um edema pulmonar agudo desencadeado pela síndrome, o que levou à parada cardíaca.
O que dizem os especialistas?
Sarah Norcross, diretora da beneficência de fertilidade Progress Educational Trust (PET), disse, ao Daily Mail, que a morte por SHEO durante um processo de fertilização é extremamente rara.
“É importante compartilhar a notícia de que o fato aconteceu e sinalizar a investigação sobre a morte da jovem com o intuito de todos que trabalham no setor de fertilidade possam aprender com o acontecimento. O falecimento dela também pode fazer com que os especialistas na área reflitam sobre como aconselham as doadoras de óvulos sobre os riscos envolvidos”, explica a diretora.
Procurada pela reportagem do Metrópoles, a Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) afirmou que não se manifestaria por não conhecer os detalhes do caso em questão.
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