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Mulher morre 25 dias depois de chegar ao hospital com dor no ombro

A paciente de 76 anos foi diagnosticada com câncer de pulmão em estágio terminal mesmo sem apresentar os sintomas típicos da doença

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Idosa com dor no ombro - Metrópoles
1 de 1 Idosa com dor no ombro - Metrópoles - Foto: Getty Images

Uma idosa de 76 anos de Nova Jersey, nos Estados Unidos, foi diagnosticada com câncer de pulmão em estágio terminal depois de procurar atendimento médico para tratar dor nos ombros. A paciente, que não teve o nome identificado pelos médicos do hospital St. Michael Medical Center Newark de Nova Jersey, faleceu apenas 25 dias depois.

Em um artigo publicado no Cureus Journal of Medical Science em 2 de setembro, os médicos que fizeram o atendimento contaram que a mulher era ex-fumante – ela mantinha o hábito de fumar uma carteira de cigarro por dia antes de decidir parar – e não apresentava nenhum sintoma típico de câncer de pulmão, como tosse persistente, falta de ar ou alterações dos sinais vitais.

Ela se queixou de dor no ombro esquerdo, no antebraço e no cotovelo algumas semanas antes de procurar ajuda médica. Alguns dias depois, a dor também foi sentida no ombro direito.

Uma tomografia computadorizada revelou que a paciente tinha um adenocarcinoma em estágio avançado: o câncer já tinha se espalhado do pulmão para a coluna, costelas e glândula adrenal (uma região acima dos rins).

O adenocarcinoma é um tipo de câncer agressivo, de difícil remoção por cirurgia e com crescimento rápido, que surge nos tecidos glandulares. Ele representa cerca de 30% de todos os casos de câncer de pulmão e pode se desenvolver também em outros órgãos como estômago, intestino, útero, pâncreas, mamas ou próstata, por exemplo.

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No fim do século 20, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis no mundo
O tabagismo é a principal causa. Cerca de 85% dos casos diagnosticados estão associados ao consumo de derivados de tabaco
A mortalidade entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, enquanto entre ex-fumantes é cerca de quatro vezes maior
A exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e história familiar de câncer de pulmão também favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer
Outros fatores de risco são: exposição ocupacional a agentes químicos ou físicos, água potável contendo arsênico, altas doses de suplementos de betacaroteno em fumantes e ex-fumantes
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O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 13% de todos os casos novos são nos órgãos

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No fim do século 20, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis no mundo

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O tabagismo é a principal causa. Cerca de 85% dos casos diagnosticados estão associados ao consumo de derivados de tabaco

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A mortalidade entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, enquanto entre ex-fumantes é cerca de quatro vezes maior

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A exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e história familiar de câncer de pulmão também favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer

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Outros fatores de risco são: exposição ocupacional a agentes químicos ou físicos, água potável contendo arsênico, altas doses de suplementos de betacaroteno em fumantes e ex-fumantes

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Os sintomas geralmente não ocorrem até que o câncer esteja avançado. Porém, pessoas no estágio inicial da doença já podem apresentar tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, pneumonia recorrente, cansaço extremo, rouquidão persistente, piora da falta de ar, diminuição do apetite e dificuldade em engolir

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O diagnóstico do câncer no pulmão é feito com a avaliação dos sinais e sintomas apresentados, o histórico de saúde familiar e o resultado de exames específicos, como a radiografia do tórax, tomografia computadorizada e biópsia do tecido pulmonar

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Para aqueles com doença localizada no pulmão e nos linfonodos, o tratamento é feito com radioterapia e quimioterapia ao mesmo tempo

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Em pacientes que apresentam metástases a distância, o tratamento é com quimioterapia ou, em casos selecionados, com medicação baseada em terapia-alvo

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A cirurgia, quando possível, consiste na retirada do tumor com uma margem de segurança, além da remoção dos linfonodos próximos ao pulmão e localizados no mediastino. É o tratamento de escolha por proporcionar melhores resultados e controle da doença

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Embora a paciente de Nova Jersey tenha se queixado de dor nos ombros, o câncer não havia se espalhado para a região. A dor pode ter sido um reflexo de uma das lesões na coluna. Ela foi tratada no hospital com esteroides e radioterapia, mas as metástases evoluíram rapidamente e ela faleceu dias depois de chegar ao hospital. Os médicos chamam atenção para a importância da realização de check-ups anuais, especialmente por pessoas com fatores de risco para o câncer.

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