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Mulher faz as unhas em salão, se machuca e desenvolve câncer de pele

A americana Grace Garcia desenvolveu uma verruga meses depois de sofrer um corte profundo no dedo enquanto a manicure retirava sua cutícula

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Imagem colorida: mulher com máscara cirúrgica mostra dedo com curativo - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida: mulher com máscara cirúrgica mostra dedo com curativo - Metrópoles - Foto: Tik Tok/ Reprodução

A americana Grace Garcia, 50 anos, não poderia imaginar que desenvolveria câncer após ir ao salão de beleza. A americana foi diagnosticada, em 2022, com carcinoma de células escamosas em estágio 1, um tipo de câncer de pele, causado pelo papilomavírus humano (HPV).

O problema começou em novembro de 2021, quando Grace fez as unhas em um salão novo e a manicure cortou um pedaço de sua cutícula do dedo anelar direito. Ela conta que teve um pequeno sangramento, mas a ferida nunca cicatrizou completamente. Semanas depois, uma protuberância de cor mais escura, semelhante a uma verriga, nasceu no local.

“Ela provavelmente usou o alicate em outra pessoa antes de mim. Não faço ideia”, disse Grace em entrevista ao jornal Today. “Brotou, seja lá o que era aquilo, na minha mão. Parecia uma verruga, e eu pensei: ‘O que diabos é isso?’”, continuou.

Preocupada com a recuperação lenta, a americana procurou um médico, que receitou um antibiótico. No entanto, o problema não se resolveu. Em abril de 2022 – cinco meses após o ocorrido – a ginecologista de Grace sugeriu que ela procurasse um dermatologista.

Após passar por diversos profissionais, um dermatologista mais cauteloso realizou uma biópsia que confirmou o diagnóstico de um tipo raro de câncer de unha em estágio 1 provocado por uma cepa de alto risco de HPV que se desenvolveu rapidamente.

O médico Teo Soleymani, dermatologista da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) que tratou Grace, explica que os cânceres de unha são incomuns. A maioria dos casos é diagnosticada como melanoma e os pacientes podem desenvolver uma faixa preta ou marrom escura na superfície dela.

Grace, no entanto, tinha um carcinoma de células escamosas, um câncer de pele menos agressivo. O tumor causado pelo HPV é considerado incomum. “É muito raro por várias razões. De um modo geral, as cepas que causam câncer do ponto de vista do HPV tendem a ser mais transmitidas sexualmente”, afirma Soleymani.

O médico acredita que a lesão foi a porta de entrada do vírus, uma vez que a região estava desprotegida, sem a pele grossa que funciona como uma barreira.

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A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, é o principal fator de risco do câncer de pele. Segundo o Inca, existem diversos tipos da doença, que geralmente são classificados como melanoma e não-melanoma
Os casos de não-melanoma são mais frequentes e apresentam altos percentuais de cura. Além disso, esse é o tipo mais comum em pessoas com mais de 40 anos e de pele clara
O melanoma, por sua vez, tem menos casos registrados e é mais grave, devido à possibilidade de se espalhar para outras partes do corpo. Por isso é importante fazer visitas periódicas ao dermatologista e questionar sobre sinais suspeitos
Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao desenvolvimento do câncer de pele, tais como: ter pele, cabelos e olhos claros, histórico familiar da doença, ser portador de múltiplas pintas pelo corpo, ser paciente imunossuprimido e/ou transplantado
Segundo especialistas, é importante investigar sempre que um sinal ou pinta apresentar assimetria, borda áspera ou irregular, duas ou mais cores, ter diâmetro superior a seis milímetros, ou mudar de tamanho com o tempo. Todos esses indícios podem indicar a presença de um melanoma
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O câncer de pele é o tipo de alteração cancerígena mais incidente no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A enfermidade pode aparecer em qualquer parte do corpo e, quando identificada precocemente, apresenta boas chances de cura

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A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, é o principal fator de risco do câncer de pele. Segundo o Inca, existem diversos tipos da doença, que geralmente são classificados como melanoma e não-melanoma

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Os casos de não-melanoma são mais frequentes e apresentam altos percentuais de cura. Além disso, esse é o tipo mais comum em pessoas com mais de 40 anos e de pele clara

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O melanoma, por sua vez, tem menos casos registrados e é mais grave, devido à possibilidade de se espalhar para outras partes do corpo. Por isso é importante fazer visitas periódicas ao dermatologista e questionar sobre sinais suspeitos

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Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao desenvolvimento do câncer de pele, tais como: ter pele, cabelos e olhos claros, histórico familiar da doença, ser portador de múltiplas pintas pelo corpo, ser paciente imunossuprimido e/ou transplantado

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Segundo especialistas, é importante investigar sempre que um sinal ou pinta apresentar assimetria, borda áspera ou irregular, duas ou mais cores, ter diâmetro superior a seis milímetros, ou mudar de tamanho com o tempo. Todos esses indícios podem indicar a presença de um melanoma

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Os primeiros sinais de não-melanona tendem a ter aparência de um caroço, mancha ou ferida descolorida que não cicatriza e continua a crescer. Além disso, pode ter ainda aparência lisa e brilhante e/ou ser parecido com uma verruga

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O sinal pode causar coceira, crostas, erosões ou sangramento ao longo de semanas ou até mesmo anos. Na maioria dos casos, esse câncer é vermelho e firme e pode se tornar uma úlcera. As marcas são parecidas com cicatrizes e tendem a ser achatadas e escamosas

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O câncer de pele geralmente aparece em partes do corpo onde há maior exposição ao sol, estando muito associada à proteção inadequada com filtros solares

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De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o não-melanona tende a ser completamente curado quando detectado precocemente. Ele raramente se desenvolve para outras partes do corpo, mas se não for identificado a tempo, pode ir para camadas mais profundas da pele, dificultando o tratamento

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O diagnóstico do câncer de pele é feito pelo dermatologista por meio de exame clínico. Em determinadas situações, pode ser necessária a realização do exame conhecido como "Dermatoscopia", que consiste em usar um aparelho que permite visualizar camadas da pele não vistas a olho nu. Em situações mais específicas é necessário fazer a biópsia

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Segundo o Ministério da Saúde, “a cirurgia oncológica é o tratamento mais indicado para tratar o câncer de pele para a retirada da lesão, que, em estágios iniciais, pode ser realizada sem internação”

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Ainda segundo a pasta, “nos casos mais avançados, porém, o tratamento vai variar de acordo com a condição em que se encontra o tumor, podendo ser indicadas, além de cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia”

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Entre as recomendações para a prevenção do câncer de pele estão: evitar exposição ao sol, utilizar óculos de sol com proteção UV, bem como sombrinhas, guarda-sol, chapéus de abas largas e roupas que protegem o corpo. Além, é claro, do uso diário de filtro solar com fator de proteção solar (FPS) 15 ou mais

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Tratamento

O diagnóstico precoce dado graças ao cuidado da americana em investigar o problema garantiu a ela um bom prognóstico. Grace foi submetida a cirurgia Micrográfica de Mohs e não precisou de tratamentos adicionais. A técnica permite ao médico observar com detalhes a borda do câncer e remover todo o tumor sem retirar muita pele, proporcionando uma alta taxa de cura.

“Seus resultados são inteiramente ditados por quão cedo você os detecta e, muitas vezes, são completamente curáveis. Ela não só conseguiu um ótimo resultado, como provavelmente se salvou de ter o dedo amputado”, acredita Soleymani.

O médico alerta que os pacientes devem procurar por orientação de um dermatologista sempre que notarem o surgimento de uma ferida que não desaparece em cerca de quatro semanas.

Vacinação contra HPV

A vacina contra o HPV é considerada a melhor estratégia para evitar a infecção. Estima-se que uma em cada duas pessoas já teve, tem ou terá contato com o vírus até o fim da vida. Ele pode causar pelo menos seis tipos de câncer: colo de útero, vulva, vagina, peniano, anal e orofaringe.

Os primeiros estágios dos tumores não apresentam sintomas, e é muito comum que só sejam descobertos em estágio avançado.

Embora a camisinha seja uma ferramenta importante para a prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), ela só oferece 60% de proteção contra o HPV, que pode ser transmitido ainda pelo toque (o vírus pode ficar ativo debaixo das unhas), beijos e sexo oral.

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