Após tentar engravidar por seis anos, mulher descobre ter dois úteros
Em 2023, após procurar ajuda médica, Kelsi descobriu que a presença de dois úteros estava atrapalhando suas chances de engravidar
atualizado
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O útero didelfo é uma má-formação rara em que a mulher nasce com dois úteros – a anomalia pode afetar a fertilidade e dificultar a gravidez. Foi esse o diagnóstico de Kelsi Baldwin, 33 anos. Após seis anos tentando engravidar sem sucesso, ela decidiu procurar ajuda médica e descobriu a condição.
Durante os exames, os médicos identificaram o que parecia ser um tumor do tamanho de uma bola de basquete no útero de Kelsi, levantando a suspeita de que um câncer pudesse estar por trás de sua infertilidade.
No entanto, testes mais detalhados revelaram que a massa aparente não era um tumor, mas um segundo útero. A condição rara é chamada útero didelfo, que fez com que a mulher nascesse com dois úteros e dois colos de útero.
“Foi um choque. No início, fiquei muito envergonhada e não queria contar a ninguém. Me sentia sozinha, porque não consegui encontrar muitas pessoas como eu e havia pouca informação na internet”, lembra.
Útero duplo
Normalmente, o útero se forma a partir de dois ductos que se fundem durante o desenvolvimento embrionário. No caso de mulheres com útero didelfo, essa fusão não ocorre, e cada ducto dá origem a um útero separado.
Essa condição rara pode afetar a fertilidade, dificultando que o espermatozoide alcance o óvulo e que um embrião se implante corretamente. Além disso, se um dos úteros for menor, há menos espaço para o desenvolvimento do feto, aumentando o risco de complicações na gravidez.
No caso de Kelsi, a condição também causava menstruações extremamente intensas, outro possível sintoma da anomalia. Ao longo dos anos, ela sofreu dois abortos espontâneos e passou por diversos tratamentos de fertilidade, como a inseminação intrauterina (IIU), sem sucesso.
Tratamento e esperança
Atualmente, Kelsi e Matt estão tentando a fertilização in vitro (FIV), que permitirá a transferência do embrião diretamente para o útero maior, na esperança de uma implantação bem-sucedida. Além disso, a mulher precisará realizar dois exames preventivos regularmente, para monitorar a saúde de ambos os colos dos úteros e prevenir o câncer.
Depois de receber o diagnóstico no ano passado, Kelsi decidiu compartilhar sua história para ajudar outras mulheres que enfrentam o mesmo desafio.
“É importante para mim compartilhar minha experiência para que outras pessoas não se sintam tão sozinhas”, afirma, em entrevista ao Daily Mail. “Quero que exista o máximo de recursos e informações disponíveis para quem foi diagnosticado com essa condição e está lutando contra ela ou com dificuldades para engravidar”, diz.
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