1 de 1 Foto de radografia do pulmão da indiana que descobriu câncer após cegueira
- Foto: Elsevier
Uma mulher indiana de 32 anos aparentemente saudável e não fumante foi diagnosticada com câncer no pulmão após apresentar perda de visão no olho direito e sensibilidade à luz no olho esquerdo. Ela procurou um hospital 20 dias após o início dos sintomas, mas não tinha dor ou vermelhidão ao redor dos olhos, nem ferimentos ou problemas em outras partes do corpo.
Os exames encontraram uma grande lesão abaixo da retina do olho direito, que causava as alterações na visão, e uma lesão semelhante, mas muito pequena, no olho esquerdo. A mulher, que não foi identificada, passou por uma radiografia de tórax que mostrou um nódulo na zona inferior do pulmão direito que os médicos suspeitaram ser cancerígeno.
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Radiografia de tórax mostrando lesão nodular na zona inferior do pulmão direito
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Exame de fundo de olho no olho direito revelou uma grande lesão
Outros testes revelaram tumores em diversos órgãos de seu corpo e ela foi diagnosticada com carcinoma de pulmão com metástase de coróide (membrana que envolve o olho) em ambos os olhos. Esse tipo de câncer se desenvolve nos olhos em cerca de 0,1 a 7% dos casos de câncer de pulmão metastático.
“Apesar do envolvimento maligno generalizado, a paciente estava completamente assintomática e ativa, exceto pelos distúrbios visuais. Este caso enfatiza ainda mais a necessidade de avaliação imediata e prioritária de pacientes com carcinoma de pulmão sempre que forem observadas lesões intraoculares duvidosas”, escreve o médico Alok Pratap Singh, do Instituto de Pós-Graduação de Ciências Médicas Sanjay Gandhi, no estudo de caso publicado na edição de julho da revista Radiology Case Reports, que já está disponível online.
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O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 13% de todos os casos novos são nos órgãos
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No fim do século 20, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis no mundo
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O tabagismo é a principal causa. Cerca de 85% dos casos diagnosticados estão associados ao consumo de derivados de tabaco
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A mortalidade entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, enquanto entre ex-fumantes é cerca de quatro vezes maior
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A exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e história familiar de câncer de pulmão também favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer
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Outros fatores de risco são: exposição ocupacional a agentes químicos ou físicos, água potável contendo arsênico, altas doses de suplementos de betacaroteno em fumantes e ex-fumantes
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Os sintomas geralmente não ocorrem até que o câncer esteja avançado. Porém, pessoas no estágio inicial da doença já podem apresentar tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, pneumonia recorrente, cansaço extremo, rouquidão persistente, piora da falta de ar, diminuição do apetite e dificuldade em engolir
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O diagnóstico do câncer no pulmão é feito com a avaliação dos sinais e sintomas apresentados, o histórico de saúde familiar e o resultado de exames específicos, como a radiografia do tórax, tomografia computadorizada e biópsia do tecido pulmonar
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Para aqueles com doença localizada no pulmão e nos linfonodos, o tratamento é feito com radioterapia e quimioterapia ao mesmo tempo
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Em pacientes que apresentam metástases a distância, o tratamento é com quimioterapia ou, em casos selecionados, com medicação baseada em terapia-alvo
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A cirurgia, quando possível, consiste na retirada do tumor com uma margem de segurança, além da remoção dos linfonodos próximos ao pulmão e localizados no mediastino. É o tratamento de escolha por proporcionar melhores resultados e controle da doença
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